Tainha, Vinho… e muito Climb!

Yo Bitchess!! Ok, a frase que entitula o post de hoje é de um video que viralizou em 2014 [clique aqui para ver a referência] mas é mais ou menos assim que tem sido ultimamente. Rolou OuroBoulder, mais uma vez incrível, Fui pra Franca algumas vezes só pra escalar e voltei com sei lá, 5 vias novas kkkkkkkk E finalmente pude abrir a primeira via de um pico novo em Mineiros do Tietê, ali pertinho de Jaú, Bauru, Botucatu. Mas como faria Dexter… vamos por partes! (E tinha esquecido, depois adicionei, dei um curso de abertura de vias e a caralha ja ta com 9 vias na falésia, 14 no total)..

2016-07-09 13.23.50

Crash Borboleta “Quero Escalar” Brilhou muito nas vielas estreitas entre galhos nos boulders de Ouro Preto!

Bem, Tudo começou [há um tempo atrás, na ilha do sooooool…] com a trip para pra OuroPreto com a Rê Leite numa quarta de manhã. Só que de caminho fizemos um PitStop em Arcos por dois dias. Climb Incrível lá, sempre, apesar de ter pego uma infestação de micuins, a maior da minha vida, tipo, centenas, foi Horrível! (Ô dó) Pude mandar o flash da via “Essa via é de todos nós”, um 7b novo no vale das sombras maravilhosa, e depois fiz a Entre o Sol e a Extraordinária, uma variante que faz a saída da Entre o Sol e a Sombra e na quarta chapa cai pra extraordinária. Costurões de 60cm nas 3 primeiras e 120 nas duas seguintes mandatório pra controlar o arrasto!! Foi uma viagem empoderadora, pois a Rê tem se engajado em muita coisa que eu acredito mas nem sabia que tinha gente ativamente lutando pra isso. Realmente um dos pontos mais positivos da viagem foi essa influência positiva. Mas o objetivo era OP então ficamos só dois dias em Arcos e na sexta mesmo já partimos de Arcos. E na sexta feira mesmo já rolou muito Climb. O combinado era escalar com o Bonde de Arcos: Cintura, Tetê, Fabio, Igor, Felipe e Cia. ltda. Mas na sexta quem encontramos foi uma turminha da pesada que sempre apronta altas confusões: O Greg Hidatá de Pira com a Tá e o Sevê e a Ju. Climb Foi Incrível, pude mandar vários Boulders mesmo com joelho fodido e ombro doendo. Os detalhes de todos os boulders, o processo em si e tudo mais vou poupa-los pois se não ficaria longo demais. (mais longo que isso aqui genja?!) O curioso foi que sábado tava com menos dores do que tinha acordado na sexta. Vai entender. Mas no fim do dia não sei se exagerei ou o que, mas acabei q não consegui escalar praticamente nada. Uma dor absurda no braço e nem 6h da tarde e ja era climb pra mim. Ibuprofenos e cornetação. Cê lá Ví! C´est la vie!  Confira a Miucha no minuto 1:00 do vídeo correndo atrás do Drone mais que gato de rua..

Bem, domingo voltei pra casa né, fazer o quê? Braço zuado, azedo né, de não ter podido escalar tudo que gostaria, mas foda-se. Bom que no fds seguinte as dores deram uma amenizada e eu pude escalar com meu brother Wagner de Franca no Cusco, e fizemos nossa primeira via de cordada (duas), a 97 Bons motivos. Via irada no Cuscuzeiro que recomendo fortemente! Nesse mesmo finde chegou ao Brasil o Espanhol mais brasileiro da Índia, o Raul, que morou por aqui uns 5 anos antes de voltar para sua terra natal. O São Carlos Pression Team apareceu uniformizado esse dia hehehe

No finde seguinte rolou climb e abertura de vias em Franca. Pra variar, fui só pra escalar, e voltei de lá com 2 vias abertas kkkkkkkk Bastardos Inglórios e O Exorcista, duas vias de 30m sensacionais no melhor estilo de arenito, com agarras boas porém há que se usar mais a cabeça que o corpo. Mas o melhor mesmo foram as fotos da fotógrafa lacradora Fabiula de Rio Claro. Confira você mesmo:

 

Tem a seção da Biaoncê divando na Bastardos Inglórios e o Gui na “Flertando com o Teto”, entre outras:

Mas não para por aí pois no finde seguinte pude abrir a primeira via da região de Mineiros do Tietê, na região da pedra branca, com visual da represa de Barra Bonita, coisa mais linda! Ainda está bastante inexplorado, nem trilha para a rocha tem, mas a pedra é um arenito de qualidade intermediária. Melhor que a Invernada, mas também não é nenhum Pico do Mané. Diria que ta mais pra Cuscuzeiro. Tem muita fenda, mas muita via em face, com agarras, tetos, contraposições, batentes, enfim… Vai ter pra todos os gostos! Já fazia mais de ano que o Ives achou essa formação no google maps e enrolávamos esperávamos um ensejo pra ir pra lá, já que na ocasião estávamos meio órfãos de picos de Climb por aqui (o colorido tava desativado, a caralha pensávamos ser uma bosta, o mané ganhara suas primeiras vias e ainda não estávamos plenamente convencidos de seu potencial, fora outros 3 ou 4 picos que o dono não deixa entrar aqui em São Carlos, Ibaté e Descalvado). Aì o André fez o curso de escalada com a gente em janeiro, e como ele é de Jaú, ali do lado, botei pilha pra ele ir lá ver “qualéqueera” do lugar. E não é que ele foi mesmo!? Mandou umas fotinhos, e aí eu animei e marquei no calendário com 2 meses de antecedencia pra não marcar nada  por cima. E lá fui eu, 120KM de São Carlos, sozinho, pra matar essa curiosidade e animação de conhecer o pico. Só que não deu muito certo pq agora eu quero é voltar mais vezes, com mais frequência. Quem consegue mandar seus projetos se fica “só abrindo via” desse jeito?!

Nossa, esse dia eu agradeci muito estar com uma mochila Osprey. Estava com jogo completo de móveis, furadeira, quase 30 costuras, sapatilha, mag, água, café, rango, Kit de Primeiros Socorros e mais 50m de corda estática no lombo. Aí na hora de descer, acabamos ficando meio perdidos por umas 2h presos na mata extremamente fechada e densa (reitero: não há trilha ainda). Teria sido “badvibes” estar ali com tudo aquilo de peso nas costas com uma mochila que machuca e incomoda. Ô Grória! Mas no final deu tudo certo e chegamos no carro ainda tinha 2l de água daquela garrafa tudo suja e fudida de água do radiador pra matar a sede! kkkkkkk (mas a sorte é que o Nei, tio do André tinha enchido a garrafa no mesmo dia – disse ele). E domingo ainda fui pro cusco e tirei umas fotos cabulosas da Bia na “Distúrbios do Sono”.

 

BIA_SONO

Fotinho Clichê passando Mag, mas ta massa! As outras tão melhores… em breve no Instagram da QE 😉

Ah! Ja ia esquecendo! Caramba! Teve uma coisa que aconteceu no primeiro fds de Julho que foi IRADISSIMO!! Foi o Primeiro Curso de Abertura de Vias da Quero Escalar. O André lá de Jaú, e mais 3 de Campinas (O Francismar, o Soler e o Rafa) puderam aprender a teoria e botar a mão na massa, resultando em mais duas vias lá na falésia da Caralha, que agora conta com 9 vias, fora as 4 da caralha propriamente dita. (Agora falta arrumar a trilha – voluntários para o dia 15? – abrir mais 2 vias e soltar o croquizão).

Ufa!! Chega!! Fui sucinto (Ah sim, claro, super!) pq era muita informação e muita foto! Sayonará e bora que logo menos tem mais climb, mais abertura de via, mais curso, novidades… nuuu… que bom q não para!

#EscaladaLifeStyle

Wagner, o pioneiro das conquistas de vias no Arenito em Franca!

Wagner, o pioneiro das conquistas de vias no Arenito em Franca!

Nos últimos meses tenho tentado viver tudo o que a vida tem me oferecido. Tipo um Yes Man. Trip pra São Bento? Vamo. Abrir via num pico novo? Kamon. Feriado em Arcos? partiu. Nem tem dado tempo de ficar postando muita coisa aqui. Ainda mais que durante a semana tenho me organizado bem e tickado várias metas e melhorias na Quero Escalar. Faz um mês mais ou menos eu estive em Franca num pico que meu brother Wagner descobriu, e eu já tinha visitado no final do ano passado. Agora eles abriram mais um setor mais alto, que tem sombra depois das 2 da tarde no verão, e lá fomos nós novamente. Eu fiquei muito empolgado com o pico. Como todo arenito, tem lugares com arenito duvidoso mas eu diria que 80% do pico é arenito do bom, do tipo que nem precisa de cola para o Bolt. E o melhor, com agarras! Claro que a definição de arenito é: Aquele pico que vai precisar rolar muuuuito bloco antes de abrir para o publico. É um mau necessário, que chega até a ser divertido ver as geladeiras, os microondas e os Jet-skis rolando barranco abaixo. Vou abrir uma via chamada “Giovana e o forninho” hahahaha

Eduardo escalando a via mais clássica do pico futuro cartão de visitas: Papel Higiênico na cabeça

Eduardo escalando a via mais clássica do pico futuro cartão de visitas: Papel Higiênico na cabeça

A parte Gourmet dos mimos e da lasanha vou deixar pra lá, vou falar direto das vias. Bem, o pico fica uns 20mins da porta da casa do Wagner em Franca, com direito a uma parada de 5mins pra abastecer. A trilha ainda não é lá grandes coisas mas com o tempo ela vai se acertando e eles vão fazendo manutenções. O Maior entusiasta da cidade é o Wagner mesmo e seu fiel escudeiro Eduardo. O restante da galera vai de vez em quando, e precisa de muita negociação pro Wagner conseguir mais parceria, oferecendo escalada em troca de mão de obra pra arrumar trilha e abrir vias. Aos poucos a galera está ficando mais assídua. Todos os 8 escaladores da cidade. hahaha

Enfim, o Wagner e o Eduardo tinham aberto duas vias no setor. Uma facinha que chamaram de “La mole mole” e uma outra que ainda tava sem nome, que ia até a metade da parede. Mas parecia que tinha mais que o dobro de pedra pra cima! Entrei na via, nossa, um primor. Como eu sempre digo, essa via ficou o suprassumo da expressão: Vai entrar nessa via? Põe um papel higiênico na cabeça do pau. Porque? Pq vc vai gozar na cueca de tão boa. A via é incrível, com umas fendas abertas, um tetinho, oposições, nossa, sucesso. Quando cheguei na parada, primeiro eu desci pra descansar, tomar água por causa do sol, mas logo subi meio em “Azero” de novo até a parada rapidinho, peguei todo o equipo de conquista e toquei pra cima. logo ela chega em uma fendona perfeita, tipo uma laca, e no final, uma virada de teto, com agarras. a via ficou com 30m certinho, as duas pontas da corda ficam um pouco mais altas que o chão (coisa de 20cm). E o nome ficou Papel Higiênico na cabeça pq cada move que vc faz, vc tem um espasmo orgasmático de prazer enquanto se está escalando. Enquanto isso o Wagner limpava um enorme platô de onde saia uns arranha-gatos/cipós que escondiam o jogo das agarras na parede. Foi aí que foquei meus esforços no segundo dia.

Durante a conquista de baixo pra cima da PH na cabeça

No segundo dia fiquei uma meia hora limpando uma fenda linda, meio canaleta, de uns 20m. Mas rolei tanta pedra, mas tanta pedra. Dava pra encher uma caçamba dessas de lixo de construção civil (entulho). Faltando uns 10m pra chegar no chão desisti. Tinha muita pedra pra rolar ainda. Resolvi ganhar tempo e abrir uma via na face mais limpa e sem tanta pedra solta. O bom é que o que sobrou ficou beeeeemmm sólido mesmo! A dureza do arenito é boa, o ruim é que tem pedras soltas pra rolar. Fazer o quê? Com o Sol a pino, abri a “Erupções Solares”, e o Wagner ao lado abriu a Sahara. A apenas alguns metros dali o Wagner mais cedo escalou a Papel Higiênico e pagou uma travessia pra direita pra bater a parada de outra via, que pude escalar de Top no fim da tarde.

 

Na conquista da Erupções Solares

Na conquista da Erupções Solares

Via de 30m e que ficou faltando uns 15-20m para o final da parede, com certeza sairá uma segunda cordada em móvel nesse local, pois há uma fenda bem óbvia e aparentemente fácil até o cume da falésia. Mas o começo vai ser treta! Há duas opções: Agarras de face, totalizando talvez um 8b-c de regletes que passa por uns blocos encaixados que vão ter que ser removidos no pé de cabra, OU um começo em fenda bem treta, coisa de nono grau em fenda offwidth que não tenho certeza se é protegível em móvel no crux e que emenda na parte dos blocos encaixados.

Escalando, travando no regletinho e tirando a terra do abaolado horrível na via nova ainda sem nome...

Escalando, travando na aderência (mão esquerda) e tirando a terra do abaolado horrível na via nova ainda sem nome…

No fim das contas, praticamente 4 vias no setor e um top batido para se terminar de conquistar essa via treta. Muito animado com o pico, tem muita rocha, muita rocha BOA, com agarras, e muito potencial para muitas vias altas, e muitas uma do lado da outra por várias centenas de metros de largura. O único viés é que dependendo do  horário bate sol, mas há vegetação no pé das vias para pelo menos o seg ficar na sombra!

Não vejo a hora de voltar! A vibe dos parça franquenses é demais, é só risada no pico, comida boa e vias novas com mto climb. Just the way it should be! Oh, life is good!

PS – O pico ainda não está liberado pois as trilhas estão deploráveis para receber visitantes, algumas vias ainda tem blocos soltos, mas principalmente as trilhas estão no estado [No-Ecziste]. Mas com o tempo os meninos vão providenciando isso! Já to ligado que fds passado rolou uma manutenção na trilha lá. Veremos! SoPsyched!

PS2 – Obrigado Leo vc manda oitavo grau nas fotos, valeu demais!

2015-04-26 19.52.33

É porque minha camiseta é escura, pq tava igual a do Wagner. E minha cara tava mais suja!

Manutenção de vias no Cuscuzeiro, via nova na Invernada

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Estreando a nova metranca com trabalhos de manutenção de vias.

É muito comum que vias abertas por pessoas acabem órfãs. Os conquistadores acabam (casando) parando de escalar, se mudam pra outro estado, e aí a comunidade local é que tem que adotar a filha. Com muito gosto!

No Cuscuzeiro existem vias abertas por muita gente, apesar de muitas serem do Tonto. Um exemplo são as vias do Carsten, o alemão que hoje é Business Manager na Edelrid, e que em 1997 veio para o Brasil e abril 7 vias em duas semanas e nunca mais voltou. (A história você confere no Guia Completo de Escalada do Cuscuzeiro). Algumas vias mudaram sua característica (de ser apenas uma via para se tornar acesso ao cume por exemplo, ou de ser uma via muito mais frequentada), os escaladores mudaram também. Antigamente se fazia muito mais top rope. Antigamente se acessava o cume pela carteirinha. Hoje em dia os escaladores escalam muito mais guiando, entram muito mais em sétimos, enfim, a comunidade evolui, e com isso, na hora de fazer a manutenção nas vias, é importantíssimo que se aproveite para atualizar também as proteçõese e a maneira como as paradas são colocadas. Muito se evoluiu, aprendemos muito com os gringos e hoje em dia está cada vez mais comum mosquetão na parada das vias esportivas. Ou então argola pra se descer de baldinho. O rapel está ficando uma coisa exclusiva de vias de parede (leia-se: de várias cordadas). Que fique bem claro que nenhuma chapeleta foi removida ou adicionada à nenhuma via por mim, apenas feita a manutenção.

Com a chegada de uma metranca nova, aproveitei o ímpeto e fui com o Beto na quarta-feira para o Cuscuzeiro fazer a manutenção devida. E no sábado voltei para terminar o que não deu tempo ou faltou a broca certa.

  • Nós atualizamos a parada da Sunday Bloody Sunday, pois tem sido uma das vias mais escalada do cuscuzeiro, e, aproveitando um bolt da Sabath Bloody Sabath, criamos uma alternativa ideal para limpar a via sem que a corda danifique a rocha (nem seja danificada por ela) ficando muito mais fácil e seguro para todos limpar a referida via. Na mesma via tiramos a cantoneira que era utilizada como segunda chapa, e pusemos uma chapeleta de verdade.
Nova parada na Sunday para descer de baldinho. Mais rápido e não danifica a rocha (tampouco sua corda)

Nova parada na Sunday para descer de baldinho. Mais rápido e não danifica a rocha (tampouco sua corda)

  • Adicionamos uma Bonnier na parada da via Tarzan, que termina no platô do Bundão, para o caso de alguém precisar descer do platô dali mesmo (em caso de chuva por ex.). Antes o rapel era feito num pino P apenas, e agora conta com o P e uma bonnier.
Chapeleta com Spit e um pino P eram o que tinha nessa parada. Agora, a bonnier veio para garantir mais segurança pra quem precisar descer dali.

Chapeleta com Spit e um pino P eram o que tinha nessa parada. Agora, a bonnier veio para garantir mais segurança pra quem precisar descer dali.

  • Trocamos as chapas do platô da pervas pois as que lá estavam eram de espeleo e os mosquetões na hora de armar uma parada ficavam raspando na rocha.
  • Trocamos a parada da via “Jungle Man” que antes contava apenas com 2 chapas sem seção arredondada (cujos parabolts estavam dando medo) e ainda deixava o mosquetão sobre uma quina. Agora a nova parada está coisa de 15cm mais baixa, e ficou mais confortável para dar seg para o segundo. E se tornou mais uma alternativa para se rapelar até o chão.
O bolt da direita enferrujado e em cima de uma quina, que rala fitas e mosquetões.

O bolt da direita enferrujado e em cima de uma quina, que rala fitas e mosquetões.

O bolt da esquerda enferrujado e torto. Agora deram lugar a uma nova parada com pinos P com um inovador sistema de expansão.

O bolt da esquerda enferrujado e torto. Agora deram lugar a uma nova parada com pinos P com um inovador sistema de expansão.

  • Ficou assim: Dependendo do tamanho da corda é possível fracionar o rapel do Cume até a parada da Insaciavel e dali para o chão (corda de 60 ou menos), ou da parada da sedosa/bucaktus no platô mesmo (próximo ítem) direto pro chão com corda de 70.
  • Adicionamos uma proteção à parada da Sedosa/Bucacktus, trocamos a chapa de espéleo por uma cantoneira de argola e a nova proteção conta com vários elos de corrente para ficar da mesma altura e o rapel ser mais suave na sua corda.
Nova parada da Bucaktus: Agora uma parada normal de 60~80cm faz uma parada equalizada legal, e é possível rapelar daí mesmo até a parada da Insaciável.

Nova parada da Bucaktus: Agora uma parada normal de 60~80cm faz uma parada equalizada legal, e é possível rapelar daí mesmo até a parada da Insaciável.

  • E pra finalizar, na Parada da Cactus Now colocamos mais uma chapeleta pra corda não ficar raspando na rocha e mais orientada com relação ao restante da via. Um Mosquetão torna possível o baldinho dessa via (o que só é possível pela chapa nova, que evita que a corda não rale numa virada mais abaixo).
O mosquetão é doação do CUME - Centro Universitário de Montanhismo e Excursionismo de São Carlos

O mosquetão é doação do CUME – Centro Universitário de Montanhismo e Excursionismo de São Carlos

Bem, foi essa basicamente a manutenção que fizemos no Cuscuzeiro semana passada. Lembrando que com exceção do mosquetão da Cactus, que foi doado pelo CUME, todo o restante dessa ação foi financiada pelas pessoas que compram seus equipamentos e fazem seus cursos de escalada com a gente da QUERO ESCALAR pois é da Quero Escalar que vivemos, tiramos nosso sustento e compramos chapas, bolts, correntes e mosquetões de aço para por nas paradas das vias (e pagamos nosso rango, a gasolina e o pedágio pra ir até lá fazer isso).

E por falar em via, abrimos mais uma via na Invernada domingo. Com alguns chumbadores “Alfa” em mãos (daqueles que dão expansão em rocha digamos assim, não muito sólida) fui com a Marina pra Invernada (E mais ninguém nessa cidade animou) e, sob condições adversas começamos uma via do lado da Peru Express. Faltou a parada porque tomei duas picadas de abelha europa/africana/seilá e tive que abandonar correndo, mas por enquanto tem 5 chapas muito bem batidas e expandidas. Um tronco de árvore podre atrás da via foi providencial para a conquista debaixo pra cima pois dava apoio e equilíbrio para vários momentos. Como sou grande, faço de tudo para furar o mais alto possível, perto de onde tem agarra pra costurar ao mesmo tempo num lugar em que a rocha seja suficientemente sólida, e por isso as vezes é preciso ficar em posições malucas pra poder fazer o furo, o que garante menos furos por via. É um sofrimento mas é uma das melhores coisas da escalada!

Posições esdrúxulas para furar a próxima chapa. Cliffs nessa rocha nem pensar!

Posições esdrúxulas para furar a próxima chapa. Cliffs nessa rocha nem pensar!

Técnicas avançadas de abertura de via em rocha digamos assim - que quase não da pra chamar por esse nome!

Técnicas avançadas de abertura de via em rocha digamos assim – que quase não da pra chamar por esse nome!

Como tivemos que bater em retirada por causa das abelhas, não deu tempo de limpar a via, nem de roçar o mato, tampouco escala-la pra saber o grau (estimo em torno de 6sup) mas na nossa próxima visita ao pico tentaremos termina-la. Aliás, oferece-se recompensa para quem tirar os 3 GIGANTES cachos de abelha europa/africanizada do Pico. Paga-se bem, e em dinheiro.

Ah, e antes que ela tenha achado que eu esqueci, agradeço à minha amiga Rê Leite de Sampameoo que nos doou 10 chapas e bolts no reveion. Não esqueci não, essa via é conquista sua também, obrigado!

Sessão de fotos

Apesar da grande carga de trabalho, final de semana pelo menos tem rolado climb. Aquele momento em que fico 60hrs sem ligar o computador, desligado de tudo e conectado com gente de verdade. E com as preda tudo! Muito bom, tenho tirado muitas fotos, fiz uma pequena seleção dos últimos Climbs. Estou adorando os equipos novos da Edelrid, logo menos vou fazer um review. O MegaJul aposentou o Grigri definitivamente. A Cadeirinha Cyrus parece um sofá e é extremamente arejada e confortável. O Capacete Shield II parece uma pluma e tem vários dutos de ventilação, tem hora que da pra sentir o vento na cabeça como se estivesse sem capacete. E a corda Heron de 9.8mm é fininha mas guenta bem o tranco! (Da o play ali em cima pra curtir as fotos ouvindo um som nacional de qualidade).

Mas vamos ao que interessa? Fotos dessa vez!

E depois da galeria de fotos Cuscuzeriana/Invernadense agora umas fotinhos da Trip pra Arcos que fizemos no feriado de São Carlos. Foram 4 dias de muito climb, furação e risadas com o Ives, o Cleber e a Marina. Havíamos sido convidados pelos trutas Peixe, Cintura, Alexsandro e Fabinho para um mutirão de abertura de vias para o festival do dia 20. Como eu tinha uma meta pessoal de abrir uma via no outro lado do rio num setor “B” desconhecido que até então tinha só 3 oitavos, fui com o Ives no primeiro dia e abrimos uma via lá e nem escalamos muito. Acabou ficando um 6ºgrau pra quem é alto e um 7b de bote pra quem é anão hehehhe. Aí domingo tirei pra escalar com os amigos, o Wagner de Franca colou lá com o seu sobrinho, Eduardo, e apesar de não escalar muito junto o tempo todo, pudemos dar umas boas risadas (e passar um certo nervoso né Cleberina?!). No fim do dia não resisti e fui conferir as vias novas, já que o dia inteiro as metrancas não paravam! Eles abriram 6 vias no setor que antes chamavam de “toca dos gatos” atrás da Kalimera e Centenária. Mas agora tamo zuando que vai chamar repartição pública pq tem vários nomes burocráticos sob a temática do cargo público. Pude escalar 2 e gostei muito, vias seguras, pois vi que eles estão escalando as vias antes de furar! Muito bom, as vias ficam excelentes e unânimes.

Aí animado pelas conquistas, o Peixe deixou sua preciosa comigo, e, junto com o Ives, pudemos abrir mais 4 vias no Vale das Sombras. São a “Reis do mambo” 6sup, “Estrombelete (de pombo obeso)” 5sup, Samsara 6sup/7a (pra anão é mais difícil), e Ho´oponopono (Sinto muito, me perdoe, te amo, sou grato), 7b. No último dia deixamos pra terminar de furar a Ho’oponopono pela manhã e logo fomos pra Suor de Cachaça 8a. Mas ao subir o 6sup da direita pra aquecer vi que tava arregaçado de cansado. 4º dia de climb, 2 de furação e um de climb a muerte… Pegava os agarrão, cotovelinho subia hahaha Assim que é bom, escalar à muerte mesmo! Re-isolei os moves da Suor mas tive que deixar pra próxima Trip essa via.

Bom e chega por hoje. Próximo post quem sabe sobre corrida e superação na escalada 😉 Vídeos com ctz! =)

E Não esqueçam do Encontro de Escalada EM ARCOS que a Quero Escalar e a Edelrid estão patrocinando!!

Quem vai? Vamos todos! Um dos melhores picos de escalada do Brasil! Ja deve ta com umas 120 vias, a maioria entre 6º e 7b!

Quem vai? Um dos melhores picos de escalada do Brasil! Ja deve ta com umas 120 vias, a maioria entre 6º e 7b!

Vídeos e novidade!

Shimoto, em sua homenagem a foto-decorativa de hoje!

Shimoto, em sua homenagem a foto-decorativa de hoje!

Semana passada foi uma correria: entre arrumar malas, aprender a usar um programa novo e com ele fazer uma apresentação para o 15º Encontro de Escalada de Londrina sobre erros comuns e práticas seguras em Escalada Esportiva, não sobrou tempo para post no blog. Mas em compensação o Encontro foi muito legal, fiquei com uma melhor impressão ainda do pico dessa vez, tendo entrado em vias “modernizadas” seguras mas não por isso menos desafiadoras. Viagem tranquila, amigos agradáveis, bom climb, enfim, tudo na paz. Pena que esqueci minha câmera e não tirei nenhuma foto :/ Na verdade não faço idéia de onde ela esteja!

Enquanto isso, não muito longe dali… Acumulei alguns vídeozinhos muito interessantes. Vamos a Eles?

Começando com a super conquista brasileira no Fitz Roy, na Patagônia. Muita sorte com uma ventana de tempo bom incrível, e claro, muita competência por parte dos escaladores incontestáveis Sérgio Tartari, Flávio Daflon e Luciano Fiorenza.

E mais um filminho brazuca bastante simples e aprazível. Tardes de outono em Floripa mostra um lado Catarinense pouco divulgado por aí com uma escalada bonita num vídeo bem instrutivo. Diz a autora do vídeo que vem mais por aí… Estamos no aguardo! =D

E lembra daquela série da Mammut sobre vias velhas escaladas por escaladores novos? Pois é. Aparentemente hoje em dia os escaladores ficam escolhendo as vias mais perfeitinhas e no seu estilo pra evoluir ou pelo menos se divertir. No de hoje o Sean MColl um dos grandes das competições Não-mandando a via Hubble da Lenda dos anos 80 Ben Moon, que abiu e aparentemente foi o primeirio a mandar a via que tem agarra molhada, clipada tensa, crux no começo, passagens esquisitas, em pouco mais de 15m… haha 

E já que já fomos pra gringa, um vídeo que dá água na boca sobre um pico alucinante. Detalhe que é um vídeo comercial feito pelo/para o abrigo local e mesmo assim é de se assistir de novo. Detalhe para a Caroline Ciavaldini de Biquininho. ;P

Se você gostou da Carol, veja esse vídeo que mostra, entre outras coisas, um pouco do início de sua carreira:

Mas falando em garotas gringas... Ô Grória.. Daila Ojeda, Alizee Dufraisse e Olivia Hsu contando sobre suas motivações na escalada e claro, escalando num daqueles vídeos Zen da prana para quem é vegetariano, vai pro trabalho de bike, ajuda no azilo, doa sangue toda semana, não fala palavrão, não bebe alcool, não usa drogas e não fala mal de ninguém. (ou seja, não existe kkkk)

E Aqui a lenda viva Cuscuzeiriana, o cara que abriu as famosas Watch Me, Let´s Go, Mosquitos, Denorex, Fly or Die e Manga com Leite no Cuscuzeiro, o tal do “Alemão”… Carsten, falando sobre as maravilhosas cordas da Edelrid:

No final, mas não por último, uma palestra/vídeo/documentário sobre o famigerado Alex Honnold. Perguntas inusitadas… E confessando sobre sua motivação para solar vias e como ela foi mudando ao longo do tempo. “…No princípio eu comecei a solar pra ver se eu comia alguém..” kkkkkk Hilário…. 

E encerro deixando a foto da capa do Guia do Cuscuzeiro que finalmente está na Gráfica para impressão. Em breve à venda em alguns lugares que eu vou selecionar a dedo kkkkk

Guia Completo de escaladas do Cuscuzeiro - Já na gráfica, em breve, na Quero Escalar!

Guia Completo de escaladas do Cuscuzeiro – Já na gráfica, em breve, na Quero Escalar!

 

 

Finalmente escalada!

 

Hoje a mina que decora o post é a Matriarca Mór, membra fundadora, do São Carlos Pression Team, Naná!

Hoje a mina que decora o post é a Matriarca Mór, membra fundadora, do São Carlos Pression Team, Naná!

Pois é! Esse fim de semana recebemos a presença ilustre da Naná e do Rô diretamente do Rio de Janeiro! E no sábado rolou cuscuzeiro, blocos e festa junina geriátrica com direito a bingo e Raul cortando os pulsos. Domingo foi dia de Itaqueri com cadena tripla da Porra Julinho no segundo setor por Isabeto e Bia, e no primeiro setor da Via expressa pela minha pessoa, ambas 8a.

Ives prestes a alçar vôo

Ives prestes a alçar vôo

No Sábado ainda rolou o pega do Ives na Watch Me no cusco, um 6sup encardido que lhe rendeu tantas horas de vôo que ele acumulou milhas pra ir pra Europa já! E o Viado do Greg, com a ajuda da avó aqui que colocou um costurão na parada, mandou a via em flash! E o evento curioso foi a Naná ter rolado aquele grande boulder/bloco do tamanho de um fogão que tinha no pé antes da saída da Manga Com Leite. Foi bem foda, mas ela, mestre nas artes circenses, saiu andando em cima do bloco tal qual se anda em cima de uma bola! E no fim do dia ainda entrei num projeto de via nova que estou para abrir com o Beto e o Ives e que vai ficar muito legal, comprida, cheia de agarrões, fácil, e o melhor de tudo: Bem equipada! E o croqui, que já foi pra gráfica, já ficou desatualizado! hahaha

Shortinho da copa de 70, para a agonia deste que vos fala hahaha

Shortinho da copa de 70, para a agonia deste que vos fala hahaha

Ainda tivemos primeira vez do Caio na rocha, tendo feito a Mosquitos e a Visual e exibindo seu modelito (TOC ALERT) shortinho da copa de 70, que ouriçou os TOC´s não só meus, mas de outras pessoas! hahaha No mesmo dia ainda tivemos a fortíssima cordada feminina ISABIA fazendo as duas cordadas da 97 bons motivos, um dos meus sétimos favoritos no cuscuzeiro.

Cordada feminina na 97! Isa na seg e Bia vindo de segundo!

Cordada feminina na 97! Isa na seg e Bia vindo de segundo!

E tivemos o Whiper of the week no domingo, uma pena que ninguém filmou. O Ives destemido, pulou não clipou não conseguiu clipar  a última chapa da Intrusos a vista, tentou tocar pra cima e tomou uma bela voada, tendo rolado um momento “A cuzada” em uma raíz que tem perto do começo da via. Coitado foi quase empalado mas passa bem, ainda me deu a seg da cadena na Via expressa =D. O Rô fez a rapa em várias vias no arenito pra ampliar seu repertório e a Naná mostrou que apesar dos 850g em seu prato no Mamãe Natureza, ainda ta mandando muito com um pega super forte na Por via das Dúvidas, tendo mandado de primeira o primeiro crux e conseguido isolar o resto da via até o final!

E foi isso! Final de semana de escalada finalmente! Meu dedo ainda ta ruim, mas fodido por fodido truco e fui escalar esse fds e ainda mandei um oitavinho, ta bão né? hehe

Valeu Naná e Rô pela visita, vc´s são demais!

Ah! E praqueles que tão pedindo uma mochila igual a minha faz tempo, chegou na Quero Escalar! A mochila é feita pela Flora e pelo Tommy, que moram no pé do Anhangava em Quatro Barras e inteiramente artesanais com qualidade excepcional. Confiram aqui a mochila e se quiserem mais fotos é só pedir! Aliás, está cheio de novidades por lá! Além da mochila, as novidades incluem:

– fita fininha de dyneema

– um monte de sapatilhas e cadeirinhas novas! (Se depender da gente ninguém nunca mais vai escalar com Cadeirinha e sapatilha nacional ruim de novo! =)

– Tem também a Revista Montanhas! pra quem quiser adquirir a segunda edição.

– Chegou o R-Point, também conhecido como Grigri só que com preço mais acessível que o outro.

– O novo Lançamento da 4Climb, uma das melhores marcas do mercado Brasileiro de escalada, que reinventa seu melhor Magnésio SuperChalk através do novo Chalk Case com um recipiente para melhor transportar o velho e bom Superchalk na mochila, ótimo pras trips e pra não fazer muita sujeira.

– Chegou também a linha completa de calças da Hard Adventure, confira!

Sempre tem coisa chegando e tem coisa que nem chega e já acaba rsrsrs Mas o melhor vocês já sabem que sempre coloco preços justos pra vocês poderem escalarem mais e gastarem menos com equipos! Aproveitem! =)

Bem, é isso, tem um monte de vídeos que pretendo colocar até o fim da semana! Good crimb to you all!

Conquistas nas 3 Pedras

Gui e Bia: cansados, sujos e felizes!

Gui e Bia: cansados, sujos e felizes!

Olá meus caros! O Post de hoje será escrito por uma colaboradora muito especial, que está sempre presente nas fotos do Blog, que é a fanfarrona Bia! E o Post de hoje é sobre as conquistas que vêm sendo feitas nas três pedras, em Botucatu. As 3 Pedras formam um conjunto de morros testemunhos de arenito com grande potencial para a escalada esportiva. Localizado em Botucatu/Bofete/Pardinho, no interior de SP, o pico tem sido desenvolvido nos últimos meses pela dupla de atletas Quero Escalar Bia e Gui. Confiram o relato da Bia que conta um pouco das conquistas recentes. Não vou me estender muito, então com vocês, o post:

Enquanto isso, um pouco mais longe dali…

As Três Pedras!

As Três Pedras!

… um pico alucinante de escalada está sendo desenvolvido!

Por muito tempo conheci as 3 Pedras apenas por foto ou bem de longe, pelos mirantes da cuesta de Botucatu. Em 2013 resolvi conferir de perto oque essas pedras místicas tinham pra oferecer (pensamento de escalador: não é possível ter 3 rochas gigantes e não ter um “lugarzim” pra escalar). Chamei o Gui para fazermos uma visita ao pico sem grandes pretensões, sem material de escalada, só pra conhecer mesmo. Ainda bem que foi assim, pois essa primeira visita contou com o carro atolado e uma loooonga caminhada no pasto para chegar na base da pedra.

No inicio do ano a dupla dinâmica de São Manuel, Lucio e Luciano me chamou para conhecer uma via já aberta na primeira pedra, a Via dos Catarinos, aberta pela Andréia e pelo Pedro uns 4 anos atrás. É uma via muito massa, forte, com direito a monodedo e regletinhos deliciosos, cotada na casa da 7b. Em outra ida ao pico encorajados pelo Brasil e suas peças móveis entramos na fenda logo ao lado da Via dos Catarinos. Uma fenda em móvel cheia de morcegos fedidos  linda, apenas com a  parada fixa  que vale muito ralar as pecinhas e fritar a panturrilha! =) 

Na vibe de escalar mais no lugar, Lucio e Luciano abriram a divertida via Maria Diurética (6⁰) nesse mesmo setor, no estilo mais rustico possível, no batedor. Mas toda vez que íamos embora eu olhava pra trás e imaginava “deve ter muita via massa pra abrir por aqui…”.

Bia na Maria Diurética (6º)

Bia na Maria Diurética (6º) Crédito da foto: Luciano

Encafifada com a ideia de ter 3 Cuscuzeiros no quintal de casa e querendo me livrar do sol das vias já abertas (no inverno bate sol 24h por dia, rs), convenci o Gui e o Shimoto a virem pra Botucatu caçar saci dar um passeio pelo pico em busca de um setor com sombra e água fresca. Mandei um e-mail para o patrocinador Quero Escalar encomendando as chapas e parabolts , emprestamos seu kit pessoal de conquista  e partimos.

Ao chegarmos ao pico, ainda do lado do carro, apontei pra eles um lugar na segunda pedra que, por algum motivo, me parecia que podia ser O setor. Não deram muita bola e fomos para um trekinng radical bom role pelo pico, começando por onde estão as vias antigas. Resultado: muita parede fritando no sol, muito “esfarelito”, abelhas, marimbondos, vespas e simpatizantes. Até que enfim chegamos no lugar em que eu acreditava ser nossa menina nos olhos. Dito e feito. Sombra! Arenito sólido! Ahu!

Face Sudeste da segunda pedra, onde estão as novas vias

Face Sudeste da segunda pedra, onde estão as novas vias

Gui fazendo o primeiro furo

Gui , o primeiro furo a gente nunca esquece

Escolhemos o que parecia ser uma linha legal, o Gui fez a parte chata de subir até o cume por uma escalaminhada, armou o rapel e furou duas bases. Armamos o top-rope e dá-lhe escalada!

No dia seguinte escolhemos uma das vias para a conquista e após cinco furos lá estava ela, nossa primeira via conquistada! Nome: Primeira Viagem, por sermos os três escaladores de primeira viagem na arte da conquista de vias! A via é um prato cheio pra quem curte regletes de todos os tipos: grandes, rasos, na horizontal, vertical, e pra quem está com o alongamento em dia!

Bia na Primeira Viagem

Bia na Primeira Viagem

Lucio no "agarrão" da Primeira Viagem

Lucio no “agarrão” da Primeira Viagem

Seguindo com as conquistas, na segunda investida furamos a base de uma via logo à direita da Primeira Viagem e fomos pra um setorzinho um pouco mais longe abrir uma linda linha entre dois coqueiros que o Gui estava de olho, e quando faltavam 3 furos para acabar a via, acabou a segunda bateria (graças as arenito solido das bases)… e volta o cão arrependido, com suas orelhas tão fartas, com seu olho roído  e com o rabo entre as pernas…

Na terceira investida, rá-tá-tá-tá! Mais duas vias finalizadas! Uma é a Malibu, a que faltavam apenas três chapas, via de fazer força! Depois de sofrer no Yoga na Primeira Viagem, a Malibu veio para o pessoal gastar os bracinhos! Com sete chapas mais a base, ela ficou bem alta e tem recebido elogios de quem já entrou.

Shimoto na Malibu

Shimoto na Malibu

A outra via pronta (só que não), é a direita da Primeira Viagem. Uma linha óbvia e aparentemente fácil, batizada de “O Quinto que Pinga”. Do chão até a base a via tem cerca de vinte metros. Porém, quando o Gui foi furar os três furos logo abaixo da base, acertou o encanamento da fazenda e desde então os furos viraram minas d’agua. Como solução temporária, deixamos uma malha com um elo de corrente no ultimo ponto antes da aguaceira, que já vale muito a diversão da via. Mais uma via “téquinique” que irá colocar os alongamentos a prova! Até a malha rápida + elo de corrente o grau sugerido é 6sup.

Shimoto na Quinto que Pinga, indo para a ultima chapa antes do pinga-pinga

Shimoto na Quinto que Pinga, indo para a ultima chapa antes do pinga-pinga

Gui alongando na Quinto que Pinga

Gui alongando na Quinto que Pinga

No final de 2013, em pleno verão de 40⁰, aproveitar as famosas cachoeiras de Botucatu, pra quê? Vamos abrir via no sol que é muito mais refrescante!rs É galera, é um trabalho árduo mas alguém tem que fazê-lo! E lá fomos nós mais uma vez e mais uma via concluída! Essa foi uma linha com uma das bases que abrimos na primeira investida e foi batizada de “Pulo do Gato”. A conquista dessa foi ficando pra depois porque tínhamos dúvidas quanto à viabilidade da saída. Mas a linha é amazing e mereceu a grampeação. E a saída? Bem, tem aqueles que treinam, os que sobem árvores, os que pulam e tem aqueles que fazem construção civil… Tudo depende do quanto você quer se desafiar!

Nesse final de semana o Shimoto e a Sí vieram visitar o pico e participaram da conquista da quinta via, localizada bem mais longe das demais, no final da segunda pedra. Com o nome de Caminho das Pedras, a via confirmou o estilo técnico da escalada das três pedras, com muitos moves delicados de transferência de peso e posicionamento de corpo, ficando cotada em 7a/b.

Bom galera, por hora é isso! Botucatu e região tem mais um pico para escalar, que além de Saci, tem um visual incrível e vias lindas (mãe coruja) com um conquistador de primeira (namorada coruja)! Vamos acabar com o estoque de chapeletas e parabolts da Quero Escalar esse ano! Falando nisso, Genja muito obrigada pelo espaço cedido, pelas baterias emprestadas e pela vibe! Agradeço a  Quero Escalar pelo material de primeira e sempre pronta-entrega!

Fica o convite para qualquer um que queira conferir o pico, abrir novas vias… (Link com mapa de como chegar: https://mapsengine.google.com/map/edit?mid=zdpLMuw7SSGs.kSzTn3y2ipMg)

Para passar o dia paga-se R$ 3 para o Seu Prado e sua esposa Dona Cida, donos da fazenda onde se localiza o pico. Tem um bom pasto pra acampar por R$5. Lembre-se de fechar as porteiras, respeitar a natureza e a propriedade alheia! Boas escaladas!

Visual do fim de tarde (leia-se 7h30 na noite). Sombra da segunda pedra de olho na terceira pedra (Sentinela segundo o Shimoto)

Visual do fim de tarde (leia-se 7h30 na noite). Sombra da segunda pedra de olho na terceira pedra (Sentinela segundo o Shimoto)

Retomando as atividades

O Link para as outras no final...

O Link para as outras no final…

Ninguém gosta de ficar parado né? Tipo, ninguém que escala e tem essa atividade proativa de sempre estar peenchendo seu tempo com atividades sejam elas físicas ou intelectuais que de alguma maneira agreguem algum conteúdo na vida e no desenvolvimento da pessoa não é mesmo? Bem, menos aquele seu primo que não escala e que compra a camisa original do Parmera, só toma cerveja, assiste big brother e vai em micareta não é? Ontem vi um vídeo do Cauê Moura no Desce a Letra que define muito bem algumas sensações que eu tenho cotidianamente. Ele diz que a Ignorância é uma benção. Porque outro motivo tem tanta gente alienada ouvindo musica ruim, estragando sua saúde gratuitamente, assistindo programas sensacionalistas com conteúdo violento fascista e achando tudo aquilo ótimo? Aquela História de que quem gosta de osso é cachorro, é pq nunca deu uma picanha (nem precisa tanto, uma pelinha de frango já funciona) pra ele. Mas enfim… Ficar sem escalar é um martírio, e é até cedo pra usar a palavra “voltando”, mas essa semana comecei um treinamento na Academia onde Isabeto já vem treinando há mais de 6 meses com garantia de sucesso e de cadenas insuperáveis. Nesse tempo o beto mandou a Tomara que seje, 10a, Caixa de Pandora 9b, a Pequena Grande Obsessão 8c e no último fds ele mandou a Xeque-Mate 8c. A Isa também vem mostrando ótima evolução com cadenas de sétimos gordos e no último fds ela mandou a Cactus Now, 7c no cuscuzeiro, via que eu tenho pânico de entrar hehehe

Enfim, comecei a fazer os treinamentos na Academia VIDA aqui em São Carlos de terça e quinta, e na Quarta Pilates na Equilíbrio Corporal  da minha amiga Simoni, que também está começando a escalar e apresentando progresso animador. E pra mim chega de moleza e de mimimi que agora quero voltar a escalar sem medo de ser feliz. Nem é preciso ir tão longe, escalar sem medo aqui no cusco pra mim ja tava de bom tamanho! Chega de ter medo de lesões. Ficar parado é foda pq aí qdo vai voltar, e depois de ter se re-lesionado várias vezes, fica mó cagão achando que um espirro vai inflamar seu tendão de novo. Aí vc fica cada vez mais parado, e atrofia todo o resto e qdo vai escalar tem que compensar, faz mais força no tendão, está mais pesado, enfim.. um circulo vicioso do qual essas duas atividades irão me ajudar a sair

Mas enfim, feriado chegando, muita gente indo escalar… Tive um insight tardio sobre o Croqui de Arcos, comecei Voltei a edita-lo mas não a tempo do pessoal que vai pra Arcos poder leva-lo… mas com certeza a tempo de utiliza-lo no fim do ano 🙂 Eu estava precisando mesmo dar uma desconectada do Croqui do Cusco pq tava meio saturado de só fazer isso a semana inteira, chega uma hora que acaba não rendendo mais!!

Enfim, dei uma adiantada no guia, quem sabe semana que vem não ta pronto? hahaha Não prometo nada, preciso pedir pro Alexsandro de Divinópolis que me passou bastante material, atualizações que to ligado que pipocaram várias vias novas por lá desde agosto.

E deixa eu colocar um vídeo aqui antes que aquele outro Blog Socialista de Esquerda venha furar meu zóio! Este que é um dos destaques da semana: Dani Andrada, sim ele! O Máquina, abridor de vias, inspiração para nomes de via como “Eu não sou Dani Andrada mas quero tentar” (não, ainda nao batizamos uma com esse nome). Tinha rolado um teaser desse curta umas semanas atrás e agora saiu na íntegra! Massa demais, daqui a pouco sai a avaliação no melhor estilo “VEJA O REVIEW DA PROPAGANDA DE CHICLETES QUE O ALEX HONNOLD FEZ PARA UMA EMPRESA DA COSTA RICA INSULAR”  hahahaha “me parto” 😀 Confesso que eu ainda não vi… “Mas a minha mulher viu falou que é muito bom, ma oeeeee

E já que o mote do post de hj é a retomada de atividades, que tal retomar as charadas? SIM!!!

Como assim mano?

Como assim mano?

E sob a temática do feriado, quem não for escalar meu pêsames, desejo um bom almoço com a sogra, os sogros e aquele tiozão cheio de contar história (o meu pelo menos é mto foda, meu herói! hahaha). Mas calma, que nem tudo são flores no reino da dinamarca, então, entre a plantação de uma mudinha de abobrinha na sua hortinha orgânica e o regar de sua plantação de hortelã e agrião para consumo próprio, que tal dar um uso decente praquela sua corda de escalada que está encostada? Hein!? É… assim segunda feira vc nao poderá dizer que seus equipamentos de escalada são seu “Kit-Mentira”  e poderá dizer que usou sua corda no feriado. Olha que legal que você pode fazer com ela!

Bom, essa semana foi fraca de vídeos (ou eu que trabalhei demais e não os vi) então fico por aqui. Quem sabe a partir de agora eu não volto a postar fotos de escalada de verdade? (que tá foda ultimamente!)

Deixo com vc´s algumas fotos que bombaram mais que videos essa semana e umas 5 pessoas lembraram de mim (GRATO, por esse motivo lembrem sempre! B-) ) que são algumas fotos do Dean Fidelman, responsável pelo seu calendário Stone Nudes. Sem mais para o momento… Enjoy.

http://www.supertopo.com/climbing/thread.php?topic_id=2267256

PS – O Gera (de Pira) pediu pra avisar que ficou com ele sem querer um mosquetão da parada de uma via em itaqueri…(nao vou dizer qual). Semana que vem ele jura que devolve!

Fazendo jus ao nome do Blog

Primeiro dia passeando pela Pedriza. Isso sim pra mim é boulder...

Primeiro dia passeando pela Pedriza. Isso sim pra mim é boulder…

Pois é! Este que vos fala mais uma vez se vai e logo se volta. E não paro, o que é ótimo! Finalmente algumas coisas que eu tinha como meta fazia meses, pra não dizer anos, se desenrolaram, e agora estou super otimista de que tudo vai dar certo (Como sempre!). Eu sei que todo mundo está ansioso pra saber da viagem do Cipó, estava enrolando pq não tinha pego as fotos com a Isa ainda, mas também tive menos de 30horas para arrumar as malas e preparar o terreno para a viagem pra espanha. O Sebá é que está certo! Diz ele que não gosta de ter muito tempo pra fazer as coisas, que é melhor deixar pra ultima hora que você acaba fazendo tudo muito mais eficiente. E é a mais pura verdade. Veja a vida por exemplo. Depois que eu tive um “estalo” e saí da Matrix, parece que tem tanta coisa que eu quero fazer na minha vida que não vai dar tempo de fazer metade!! Essa correria toda também é motivo dos posts rareados, além é claro do meu superpopular post no blog do cume sobre “Ser melhor em vez de ficar mais forte”. Semana passada até cheguei a escrever um post imenso, tipo 3 paginas de word, só sobre filosofia de buteco, relacionamento, comportamento, atitude e a origem do universo. No fim das contas senti que era muita viagem pra pouco foco e acabei deixando de publicar (mas ta ali nos rascunhos, um dia quem sabe!).

Bem, enquanto estava no saguão do aeroporto esperando dar a hora do embarque, e depois de ter trabalhado um pouquinho, escrevi um pouco da viagem do cipó mesmo sem fotos significativas.

Júlia na Lamúrias no primeiro dia, aquecendo/aclimatando

Júlia na Lamúrias no primeiro dia, aquecendo/aclimatando

O Pico está DE-MA-IS. Claro. Arcos é tudibão, e tem potencial, mas o cipó está no epicentro das grampeações e cada vez que eu vou lá, não só o número de vias mas também de setores que duplica ou triplica. Quem diria, me senti quase em Arcos hahaha Você vai passando num setor completamente novo que vc nao fazia idéia que existia, com paredes de 30m cheio de agarras (veja que eu disse agarras, pq os agarrões estão em Arcos). Conheci o Vale Zen… Da última vez tinha sido o da perseguida a novidade (e antes o foda, e antes o cangaço), mas agora tem o coliseu, república dos chilenos, PCC, Vale zen, casinha amarela e G1 (bico do papagaio?). E parece que tem muito mais por ser aberto, Enquanto os generais de 10 estrelas ficam atrás da mesa com o c* na mão deliberando que não se deve mais abrir vias no cipó, as vias antigas, clássicas e já meio alisadas de tanto abuso, vão sendo aliviadas pelos pioneiros locais como Barão, Fei, Waguininho, Magrão entre outros, que dão o gás pro pico continuar 1000 estrelas e dar conta de suportar a tendência internacional de escaladores (e vias) que só aumenta. E cada vez mais rocha aparece, e mais um setor, um vale, uma gruta surge e a gente fica de boca aberta de novo com o potencial e qualidade das vias. Daqui a pouco a gente vai ta indo pro G3 pela zuma pois cada vez os setores estão ficando mais perto entre si, e a sala de justiça desafogada. Mas também grandes poderes vem acompanhados de grandes responsabilidades. No mundo inteiro e aqui não seria diferente. Com o aumento do número de escaladores também aumenta o número deles que não fazem nem idéia o que estão fazendo e não é dificil encontrar gente entrando guiando um oitavo grau sem ter nunca nem ter guiado na academia ou “malemá” sabendo fazer seu próprio nó. E o pior é que as pessoas batem no peito orgulhosas que não tem instrução especializada (como se isso fosse bom) e mau sabem a vergonha alheia que estão passando. Se até a gente acostumados ao partner check nos pegamos encordados só na perneira da cadeirinha, e sabemos que “não pode”, imagina quem não faz idéia e não checa? Bom, nos resta espalhar a palavra com responsabilidade e bancar os chatos que saem corrigindo a galera no pico (É mto mais fácil que carregar o malaco com a perna quebrada ou na maca trilha abaixo, garanto).

Isa, Genja, Beto, Julia e Seba - Os integrantes do SCPT nessa Trip

Isa, Genja, Beto, Julia e Seba – Os integrantes do SCPT nessa Trip

Para a viagem fomos A Júlia, o Sebá, nosso amigo italiano máquina que esta ficando 2meses em São Carlos, Isabeto e eu. No primeiro dia escalamos no Vale Zen depois de aquecer nas clássicas (Lamúrias, injustiça…). O Beto apresentou o 9c (8aFr) mais famoso do Brasil pro Sebá, a Heróis da Resistência, enquanto eu buscava os locais para mais informações sobre os novos setores. Já no Zen, Fiz a via “Gigante pela própria Natureza”. Maravilhosa, 7a de 35m medida na tinta do meio da corda! Como eu Não estou escalando nada me coloquei pequenos desafios e mandar essa via a vista equipando foi muito bom de ter conseguido! Todo mundo curtiu e meio que passou aquele veneninho no mesmo lugar X da via que eu não vou dizer onde é hehehe. Ainda no final do dia a Isa e eu entramos na via que supostamente é a Estriquinada, via que a Rafa abriu, um quintinho muito bem equipado, curtinho, ideal pra quem está começando a guiar. Só de curiosos ela e eu entramos na via do arco, bem na entrada do vale zen, mas por precaução com relação ao meu dedo (e por incompetência) fui só até a metade. No segundo dia fomos pro Vale da Perseguida, onde pude aquecer equipando a “Vai Mané” 7b, e mandar no segundo pega. Enquanto a Isa e a Jú entravam na Chorrera Musical. Depois ainda fiquei azedo pois entrei numa via sem saber que tinha regletes, e meu dedo ainda não estar 100%. Acho que o nome da lazarenta era “Por entre as pernas da perseguida” 7c/8a (mas é  uma via mto massa e quero entrar de novo qdo tiver bão). Nessa hora chegou o Rio de Janeiro Aderencion team liderados pela Naná, contando com Rogério, Rô e o famigerado Preza, que era figurinha carimbada nos picos mas que eu ainda não conhecia. FIgura! No final do dia ainda ganhei um presentão da Júlia tendo mandado no flash a Olho do Observador, láa no outro setor, o já tradicional Anfiteatro, na verdade pelos nomes das vias acho que é na caverna do dragão hehehe. Não tinha adesivo na via, então fui pro “descanso” na esquerda, o que me fez sugerir 7a pra via, mas deu uma vontadezinha de tentar o 7c reto. Via animal! Recomendo!

Preza, eu, Sebá, Naná, Rô, na frente: ROgério, Beto, Julia e Isa

Preza, eu, Sebá, Naná, Rô, na frente: ROgério, Beto, Julia e Isa

No terceiro dia voltei pro Zen com a Júlia e a Isa por causa do beta do Preza, de um 6° (Avenida Brasil) e um 7b (FlashBlack). O Riodejanereiton Aderetion Team foi pro Antão pra poder ficar mais perto do Aeroporto e pro Preza que está no Lesionados pression team assim como eu poder escalar alguma coisa. Voltando ao caso do Zen, como o Daniel de Joinville estava na Avenida Brasil (teoricamente um sexto), entrei no 7a e mandei meio a vista (meio a vista pq quem tava no chão cantou a agarra do outro lado da aresta – sorry Gui pelo spoiler, fica de troco pelo beta da chapa na direita da canaleta da gigante hahaha). Mais uma clássica do pico das que vale a pena fazer sempre que se vai pro Cipó, junto com a Gigante, a Lamúrias, a Tatara, a Cravo e a Rosa, enfim… Entrei no sexto e passei um sufoco!! PQP! Muito mais foda, com uns abaolados de ombro e em vários momentos eu me vi VOoaaandoooo só não voei pq a cabeça tava boa e apertei mesmo me vendo voando e não ficando nos abaolados, ia pros moves com dedicação e acabei mandando com a vibe da Jú e da Isa. Foi naquele esquema: “…só mais uma agarra vai, não to tão tijolado assim, além do mais se eu cair ótimo que assim já não fico mais com tanto medinho”. E funcionou hehehe. Mais tarde mandei um 7a no strictu sensu da palavra, sem saber nada. o Fei apareceu pouco antes e falou que tinha essa via nova que o Vaguininho tinha aberto, “Avenida das torres” ou algo assim. Láaaaa por entre a 8° e 9° chapa tive que abusar de minha altura, fazer entalamentos de joelho, asa de galinha, passei um sufoco, quase perdi a cadena pois fui muito pra direita, tomei marimbondada na cara (sim, marimbondada, eles trombaram comigo mas nao picaram)… mas no final deu tudo certo e acabei mandando! Ufa! Eu pensava: Tenho que mandar pra nao ter que passar por isso de novo hehehe Depois a Julia entrou e achou um monte de agarra que eu não vi. Provavelmente quando a via estiver mais limpinha vai ficar mais sussa (mas é da hora!).

Puts… e no ultimo dia… mano… Último dia fomos num lugar Magnifíc! O Magrão passou todos os betas de como chegar, fez um mapinha ishperrrto de um setor novo que tinham acabado de abrir algumas vias (tinha pó dos furos na parede ainda). São aqueles bicos que dá pra ver ali do abrigo do magrão, no G1 ainda.. à esquerda da “assombrolhos bicolhos”. Tipo meia hora de caminhada, passa por um vale muuuito lindo, cheio de umas flores vermelhas grandes, um microclima umido e frio, no meio do “agreste seco” pelo qual passamos antes pra chegar la. Passamos por dentro de uma Cave cheia de espeleotemas muito bonita, e depois demos a volta pra acessar o platô onde começam as vias. Fiz um 7c do magrão chamado “Vô coruja” A-NI-MAL. via também de 35m ou mais, com começo de 6°grau, depois um negativo de agarrões, e depois um lance vertical meio “tricky” e no final pra variar, canaleta. Fui só até o lance vertical e desci pois dali pra cima não estava equipada e eu não tinha levado costuras (e fiquei com uma puta preguiça tbm, último dia de climb sabe como é né?). Enquanto eu entrava nessa com a Isa, o Sebá, nosso Italian very relaxed man entrava com o beto na do lado, que é um 7a até a metade e depois vira um 9c. Eu já estava na capa da gaita mas ainda dei um peguinha sem compromisso na parte de 7a do 9c. E aí fomos pra casa, comemos o resto da lentilha que a Ju tinha feito pra 18 pessoas na noite anterior (mas eramos em 5), e vortemos. Na volta ainda pegamos um congestionamento de 1h em Rio Claro onde ficavamos nos estapeando Julia e eu para ficarmos acordados.

Beto, na Tecnicamente apelidada de "Falsa Lamúrias" no G1

Beto, na Tecnicamente apelidada de “Falsa Lamúrias” no G1

Destination: ARCOS – MG

Todo mundo ansioso pelo post sobre a trip pra Arcos?! Eu mesmo morrendo de vontade de contar TUTOOO como foi mas… Estava trabalhando fervorosamente num croquizão bem bonito do 2° andar de lá onde abrimos 3 vias, além é claro de fazendo faxina e esperando o puto do Beto (1x) me passar as melhores fotos que tão tavam na camera dele.

Em Breve... aguardem!

Em Breve… aguardem!

A trip foi alucinante. Escalamos, conquistamos, furamos, nos divertimos horrores, fizemos uns rangos supermassa e amigos que são figurinhas impagáveis. Saímos de Sanca quarta a noite com o carro abarrotado de coisas: Equipo de climb, de camping, de furação (de conquista) e comida principalmente inclusive, que estavamos achando que era muito (Não foi). Chegamos em Arcos lá pra uma da matina, pegamos a chave com a Célinha no pulo do gato e fomos pro pico. Não se esqueçam: Na estrada de terra, Logo depois de se afastar do trilho do trem, primeira bifurcação à direita, depois todas à esquerda. Quando chegar na porteira é porque chegou. Descarregamos o carro e blz, lanchinho ludico e cama.

Setor da frente, cartão postal do pico

Setor da frente, cartão postal do pico

Primeiro dia de Climb fomos pro segundo andar, pois, apesar de a previsão mandar muito frio, estava calor e fomos no setor frio de sombra, deixando pra escalar no sol nos dias de frio que viriam (Não vieram). Escalamos um quintinho e um sextinho simultaneamente, primeiro contato do felipe com o Calcário, e logo o Beto (2x) entrou na Café, Cachaça e tabaco. Descendo já pirou numa linha do lado esquerdo que eu já tinha pirado na outra ocasião quando entrei nela. Só o segundo dia ia ser o de furation, massss…. ah…. já tava ali mesmo né? Desci a trilha toda até a casinha, peguei a metranca enquanto o Felipe escalava (as duas vias – a existente e a futura). Logo entrei, tirei os moves, eles idem e sugerimos os locais dos furos escalando e pensando na segurança de quem iria escalar depois (É ASSIM QUE SE CONQUISTA UMA VIA ESPORTIVA ou debaixo pra cima, com cliffs, estribos, etc.. buscando os melhores locais pras clipadas não rapelando e furando com uma tronca na boca sem nem saber se a linha de agarras chega no chão). Muito bem: Ratá-tá-tá… Fiz todos os furos e pus a parada,  e o Beto (3x) pos o restante dos bolts com as chapas. E mandamos os Firsts Ascents de noite mesmo. A via ficou com 26m, com 13 proteções + parada (portanto leve14 costuras). Estávamos na dúvida entre chamá-la de Muñequito de Barro(bonequinho de barro) , por causa de um ditado espanhol que diz: Café e Cigarro, Muñequito de Barro! (café, cigarro e tabaco é a via do lado). Mas acho que ia ficar piada interna demais mass… o nome acabou ficando mais piada interna que o muñequito de barro, porém tão comprido quanto a via: MONOGAMIA HETERONORMATIVA. Um 6sup/7a lindo de morrer. O nome é uma crítica ao modelo da sociedade moderna que atrapalha/impede  a prática do amor livre, que é a monogamia heteronormativa, pela qual todo mundo que quiser ser considerado normal deve ser monogâmico e heterossexual. Leia aqui o artigo sobre a Prática do Amor livre, pra entender o contexto.

Enfim, a noite fiz um rangão da hora, tomamos uns gorozinhos que tinhamos levado, mas o charuto cubano que eu tava guardando pra uma ocasião especial como a conquista de uma via em Arcos sumiu!! Ficamos achando que tinha sido o Gato na noite anterior, certeza! No segundo dia voltamos pro Segundo andar, e o Beto (4x) e o Felipe entraram em 2 viazinhas muito legais ali no “Portal” de chegada. Muito boas as vias (Ah vá?! Via em Arcos que não é legal? Hmmmm Não tem!). Enfim, dois sextinhos meio curtos para os padrões Arquenses (só 15 ou 20m) . E depois desses o Beto entrou numa super fenda gigante do lado oposto do valezinho ali, em frente à cafe, cachaça e tabaco. Tudo em móvel, crux é desviar da árvore. Enquanto isso eu fui tentar chegar na base de uma grande proa protuberante visível da trilha, pra direita, alucinante. Tinhamos visto essa linha na outra viagem e dessa vez consegui abrir uma trilha e chegar embaixo dela. Pensamos se tratar de uma linha futurista, mas acabou que, como tudo em arcos, é um teto com uns 4m de comprimento de 7b kkkkkkk Chegamos lá e deixei o beto (5x) começar (Ô caraaa) . O Setor é alucinante e por si só já dá pra abrir várias vias… A via começa em cima de uma espécie de Totem de pedra e pra chegar na base da via tem que dar uma soladinha num segundo grau até uma pedra, onde, estando-se em pé, alcança-se o teto. Cheio de agarras. PORQUE SENHOR?! PorQUE?! Porque não temos tetos com agarras aqui no arenito senhor?! Pus a primeira chapa do chão, bem alta, para podermos utiliza-la como proteção caso ele caísse antes de furar a segunda, e sair rolando. Depois de 3 proteções virou o teto e tocou em móvel laçando bicos de pedra até o final da parede. Furou a parada, deixou uma corda fixa e marcou onde poderiam ser os outros furos. Como uma das 3 baterias (a que teoricamente aguenta mais carga) morreu no dia anterior, só deu pra fazer 5 furos, uma vez que os 2 primeiros fizemos de 12cm de profundidade por segurança. A noite o Felipe fez a comida. Achamos o charuto, matamos o segundo e último fardinho de breja e finalmente pudemos acender o cubano, que afinal não tinha sido o gato que tinha pego.

Eu, Beto e Felipe fazendo a janta

Eu, Beto e Felipe fazendo a janta

No dia seguinte fomos escalar um pouco no setor da frente, e pensei em ir terminar a via com bateras novinhas depois do almoço, quando o sol estivesse mais ameno. Entramos na Leão de Judá, um 7b que eu diria que é a “Lamúrias de um viciado” de Arcos (a lamúrias é o carimbo no passaporte de quem vai pra Serra do Cipó). E o Beto (6x) quis porque quis entrar na “Michael Jordan”, uma via que pra quem é anão, vulgo Short-leg (Aí Bianca, vai adorar) é bem mais dura. Eu não tava na pegada de apertar por causa da lesão, mas como era um bote dinâmico de um agarrão invertido para um buraco igual uma cesta de basquete muito alto, resolvi tentar “pelo folclore”. O Beto (7x) apertou um reglete lixo intermediário e isolou. O felipe entrou mas seu ombrinho não o deixou ir mto longe. Eu desencanei do reglete e já na segunda tentativa consegui isolar o bote. IN-SA-NO. O resto da via é muito legal, vai por uns patacos, única coisa é costurar a segunda que ainda tem um lancinho fortinho, e eu achei até um descanso sem mãos com entalamento de joelho da segunda pra terceira. Mais do que depressa Beto (8x) e eu já entramos e mandamos cadena. Ahul!

O Beto (9x) ainda levou o Felipe pra fazer a famigerada “Extraordinária” 7b (pra variar) e enquanto isso eu, que já tinha feito ela, fui lá terminar a via. Chegando lá, subi pela corda fixa ate a 4° proteção mas comecei a ser rodeado por umas abelhas européias que logo descobri estavam a uns 10m pra esquerda. Fiquei imóvel uns 20 mins mas sempre que voltava pra via (sem barulho de furadeira) elas voltavam, então resolvi voltar mais tarde. Enquanto esperava a poeira abelha baixar fui fazer um social com uma galera muito gente boa que tava ali na “salinha” do segundo andar. Eles já tinham entrado na Monogamia Heteronormativa e elogiaram bastante (valeu rapeize!). Quando a noite estava por cair, voltei pro tetão, subi e finalmente consegui terminar a via. Como foram poucos furos, ainda restava praticamente uma batera inteira, bati a parada de outra via, à esquerda. Nessas alturas o Beto e o Felipe já estavam ali e, com a parada pronta, armei um top e o Beto (10x) subiu a noite de tenis marcando onde seriam as chapas e aproveitou e já furou. Ficou faltando só a primeira, mas nem faz muita falta, da pra escalar sem, talvez na próxima trip coloquemo-na. E Já é! O nome do grande teto ficou “O Universo em desencanto”, nome que já saímos de São Carlos com ele na cabeça, por que estávamos ouvindo muito o cd do Tim Maia Racional (Na verdade ficamos a trip inteira com as musicas na cabeça). E guardamos ele pra esse teto. Já a via da esquerda ficou “Na caralha da noite”, em partes por ter sido aberta a noite, em partes pela zueira com a quase homônima via no cipó e em partes porque a palavra “Caralha” era utilizada para se referir a tudo pelo Felipe, praticamente um sinônimo de “coisa”. Tiramos as duas primeiras chapas da Universo em Desencanto pras pessoas não entrarem enquanto as abelhas estiverem ali perto pois está perigoso (e Na caralha da noite nem tem a primeira entao sussa!). O Peixe falou que vai com a galera lá essa semana tirar as abelhas, e deixei as chapas com o Vitor do Camping. Quem quiser mandar os FA’s é só ir lá tirar as abelhas e por as duas chapas (colocáveis do chão a primeira, e a segunda pendurado da primeira). Enquanto furávamos, tava rolando maior lual no camping, que esse dia tava cheio de gente, com a Célinha e o Vitor tendo preparado uma mega fogueira. Do alto da via ouvíamos (e viamos) a galera em volta da fogueira gritando pra gente descer e ir lá com eles. Fomos quando os trabalhos estavam terminados, e quase esquecemos de jantar! Um whiskão JB e o outro charuto cubano (e não é um eufemismo pra cigarro de outra coisa!) na beira da fogueira, papo bom com os mineiros e ninguém queria mais nada!! Tonhão, figuraça, Vitor de Arcos, pessoal de Berlândia e toda a rapeize que não vou lembrar o nome agora, foi mto da hora! Lá pelas tantas eu lembrei do rango (claro, ele é gordo, ele gosta de comeeer!) , e quando vi tinha sobrado comida pra caralho da galera, que NÃO iam mais comer e iam embora no dia seguinte. Pois joguei um pozinho de pirlimpimpim, duas baratas, pernas de rã e 3 cabelos do saco do feijão mais o frango e arroz que tinha já feito a mais no primeiro dia para esse dia e Voilá! Estava pronto o rango mais gostoso do universo! E quase os putos esquecem de jantar, quanta loucura.

Mas whisky bom não dá ressaca, e no dia seguinte estavamos lá, firmes e fortes pro ultimo dia de climb. Fomos conhecer o novo setor entre o setor da onça e o da frente, o “Vale das Sombras”. Se as vias que abrimos não tivessem ficado tão legais teria batido um leve arrependimentinho, pois o setor é muito insano, e com muita sombra! Ficamos mil anos namorando um grande teto ali logo na entrada que inexplicavelmente ainda não tinha sido conquistado. Entramos numa via que é dentro de um BURACO. É isso mesmo, vc sobe uma via em 3D. Tem que usar 360° de apoios como se estivesse escalando aquelas chaminés antigas de fábrica, um túnel na vertical, de 2,5m de diâmetro por 25 de altura. E na sequência entramos num 6sup à direita da primeira, que a Nati (que é praticamente local do pico) deixara equipada pra gente. Saindo de lá, estávamos curiosos pra saber o que era o barulho de furadeira que ouvíamos, e quando chegamos na entrada do setor, o grande Teto tinha acabado de ser conquistado debaixo pelo conquistador local, Peixe. Santa eficiência hein Batman?

Tinhamos que pegar a estrada e pra agilizar, do moídos que estávamos (com uma puta ressaca) de 4 dias intensos , entramos num quintinho do lado esquerdo da Michael Jordan. no setor da Frente. Nem preciso dizer que a via é muito boa né? E depois dessa já fomos pro carro, arrumamos tudo, nos despedimos da galera e pé na estrada! Ah! Conhecemos o Sérgio, o cara que está produzindo os “P-Bolts” que é tipo um chumbador CBA com anilha na ponta, tal qual já vinhamos utilizando em algumas paradas, porém, melhorado. Digamos que é uma chapeleta com formato de pino P. E finalmente, tocamos direto pra São Carlos. O Beto dirigiu 5hrs seguidas direto pro recanto empório, onde a moça já nos viu e trouxe o Litrão e os Baurús de contra.

O lado ruim da viagem veio segunda feira: Ressaca ou depressão pós-Arcos. Poxa, em arcos a vida é linda, a escalada é magnífica. Todas as vias são num calcário perfeito, cheio de negativos de agarrão de 30m <hmpff….>. Mas é isso aí: Bolting Trip pra Arcos: Animal! Só tenho uma coisa a dizer:

So Pyched! Life is good!!