Tainha, Vinho… e muito Climb!

Yo Bitchess!! Ok, a frase que entitula o post de hoje é de um video que viralizou em 2014 [clique aqui para ver a referência] mas é mais ou menos assim que tem sido ultimamente. Rolou OuroBoulder, mais uma vez incrível, Fui pra Franca algumas vezes só pra escalar e voltei com sei lá, 5 vias novas kkkkkkkk E finalmente pude abrir a primeira via de um pico novo em Mineiros do Tietê, ali pertinho de Jaú, Bauru, Botucatu. Mas como faria Dexter… vamos por partes! (E tinha esquecido, depois adicionei, dei um curso de abertura de vias e a caralha ja ta com 9 vias na falésia, 14 no total)..

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Crash Borboleta “Quero Escalar” Brilhou muito nas vielas estreitas entre galhos nos boulders de Ouro Preto!

Bem, Tudo começou [há um tempo atrás, na ilha do sooooool…] com a trip para pra OuroPreto com a Rê Leite numa quarta de manhã. Só que de caminho fizemos um PitStop em Arcos por dois dias. Climb Incrível lá, sempre, apesar de ter pego uma infestação de micuins, a maior da minha vida, tipo, centenas, foi Horrível! (Ô dó) Pude mandar o flash da via “Essa via é de todos nós”, um 7b novo no vale das sombras maravilhosa, e depois fiz a Entre o Sol e a Extraordinária, uma variante que faz a saída da Entre o Sol e a Sombra e na quarta chapa cai pra extraordinária. Costurões de 60cm nas 3 primeiras e 120 nas duas seguintes mandatório pra controlar o arrasto!! Foi uma viagem empoderadora, pois a Rê tem se engajado em muita coisa que eu acredito mas nem sabia que tinha gente ativamente lutando pra isso. Realmente um dos pontos mais positivos da viagem foi essa influência positiva. Mas o objetivo era OP então ficamos só dois dias em Arcos e na sexta mesmo já partimos de Arcos. E na sexta feira mesmo já rolou muito Climb. O combinado era escalar com o Bonde de Arcos: Cintura, Tetê, Fabio, Igor, Felipe e Cia. ltda. Mas na sexta quem encontramos foi uma turminha da pesada que sempre apronta altas confusões: O Greg Hidatá de Pira com a Tá e o Sevê e a Ju. Climb Foi Incrível, pude mandar vários Boulders mesmo com joelho fodido e ombro doendo. Os detalhes de todos os boulders, o processo em si e tudo mais vou poupa-los pois se não ficaria longo demais. (mais longo que isso aqui genja?!) O curioso foi que sábado tava com menos dores do que tinha acordado na sexta. Vai entender. Mas no fim do dia não sei se exagerei ou o que, mas acabei q não consegui escalar praticamente nada. Uma dor absurda no braço e nem 6h da tarde e ja era climb pra mim. Ibuprofenos e cornetação. Cê lá Ví! C´est la vie!  Confira a Miucha no minuto 1:00 do vídeo correndo atrás do Drone mais que gato de rua..

Bem, domingo voltei pra casa né, fazer o quê? Braço zuado, azedo né, de não ter podido escalar tudo que gostaria, mas foda-se. Bom que no fds seguinte as dores deram uma amenizada e eu pude escalar com meu brother Wagner de Franca no Cusco, e fizemos nossa primeira via de cordada (duas), a 97 Bons motivos. Via irada no Cuscuzeiro que recomendo fortemente! Nesse mesmo finde chegou ao Brasil o Espanhol mais brasileiro da Índia, o Raul, que morou por aqui uns 5 anos antes de voltar para sua terra natal. O São Carlos Pression Team apareceu uniformizado esse dia hehehe

No finde seguinte rolou climb e abertura de vias em Franca. Pra variar, fui só pra escalar, e voltei de lá com 2 vias abertas kkkkkkkk Bastardos Inglórios e O Exorcista, duas vias de 30m sensacionais no melhor estilo de arenito, com agarras boas porém há que se usar mais a cabeça que o corpo. Mas o melhor mesmo foram as fotos da fotógrafa lacradora Fabiula de Rio Claro. Confira você mesmo:

 

Tem a seção da Biaoncê divando na Bastardos Inglórios e o Gui na “Flertando com o Teto”, entre outras:

Mas não para por aí pois no finde seguinte pude abrir a primeira via da região de Mineiros do Tietê, na região da pedra branca, com visual da represa de Barra Bonita, coisa mais linda! Ainda está bastante inexplorado, nem trilha para a rocha tem, mas a pedra é um arenito de qualidade intermediária. Melhor que a Invernada, mas também não é nenhum Pico do Mané. Diria que ta mais pra Cuscuzeiro. Tem muita fenda, mas muita via em face, com agarras, tetos, contraposições, batentes, enfim… Vai ter pra todos os gostos! Já fazia mais de ano que o Ives achou essa formação no google maps e enrolávamos esperávamos um ensejo pra ir pra lá, já que na ocasião estávamos meio órfãos de picos de Climb por aqui (o colorido tava desativado, a caralha pensávamos ser uma bosta, o mané ganhara suas primeiras vias e ainda não estávamos plenamente convencidos de seu potencial, fora outros 3 ou 4 picos que o dono não deixa entrar aqui em São Carlos, Ibaté e Descalvado). Aì o André fez o curso de escalada com a gente em janeiro, e como ele é de Jaú, ali do lado, botei pilha pra ele ir lá ver “qualéqueera” do lugar. E não é que ele foi mesmo!? Mandou umas fotinhos, e aí eu animei e marquei no calendário com 2 meses de antecedencia pra não marcar nada  por cima. E lá fui eu, 120KM de São Carlos, sozinho, pra matar essa curiosidade e animação de conhecer o pico. Só que não deu muito certo pq agora eu quero é voltar mais vezes, com mais frequência. Quem consegue mandar seus projetos se fica “só abrindo via” desse jeito?!

Nossa, esse dia eu agradeci muito estar com uma mochila Osprey. Estava com jogo completo de móveis, furadeira, quase 30 costuras, sapatilha, mag, água, café, rango, Kit de Primeiros Socorros e mais 50m de corda estática no lombo. Aí na hora de descer, acabamos ficando meio perdidos por umas 2h presos na mata extremamente fechada e densa (reitero: não há trilha ainda). Teria sido “badvibes” estar ali com tudo aquilo de peso nas costas com uma mochila que machuca e incomoda. Ô Grória! Mas no final deu tudo certo e chegamos no carro ainda tinha 2l de água daquela garrafa tudo suja e fudida de água do radiador pra matar a sede! kkkkkkk (mas a sorte é que o Nei, tio do André tinha enchido a garrafa no mesmo dia – disse ele). E domingo ainda fui pro cusco e tirei umas fotos cabulosas da Bia na “Distúrbios do Sono”.

 

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Fotinho Clichê passando Mag, mas ta massa! As outras tão melhores… em breve no Instagram da QE 😉

Ah! Ja ia esquecendo! Caramba! Teve uma coisa que aconteceu no primeiro fds de Julho que foi IRADISSIMO!! Foi o Primeiro Curso de Abertura de Vias da Quero Escalar. O André lá de Jaú, e mais 3 de Campinas (O Francismar, o Soler e o Rafa) puderam aprender a teoria e botar a mão na massa, resultando em mais duas vias lá na falésia da Caralha, que agora conta com 9 vias, fora as 4 da caralha propriamente dita. (Agora falta arrumar a trilha – voluntários para o dia 15? – abrir mais 2 vias e soltar o croquizão).

Ufa!! Chega!! Fui sucinto (Ah sim, claro, super!) pq era muita informação e muita foto! Sayonará e bora que logo menos tem mais climb, mais abertura de via, mais curso, novidades… nuuu… que bom q não para!

IV Encontro de Escalada de Arcos

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Bia na clássica Helicoidal, no terceiro Andar

Ahhh o Festival de Arcos.. Como não amar? Muita via boa junta. Um lugar onde você escala sem parar, toma espanco de uma, passeia na outra via do lado, volta, equipa, limpa. Repete. Tudo acessível. Muita gente boa junta. Ninguém reclamando que a via é protegida demais, nem de menos. Só escalando! Gente feliz? Uai, se não era, lá fica sendo rsrs

Vira e mexe a gente encontra um chato que reclama que o croqui tem “beta demais” ou que a via tem chapa demais. Mas tudo bem, o Rastro é praqueles outros 99,99999% dos escaladores que curtem escalar, e não reclamar (não que eu não reclame, longe de mim rsrs mas costumo reclamar por coisa mau feita, não caprichada demais). E lá essa galera se reúne e escala – e muito! Muitos setores. Vias na Sombra. Vias no sol. Vias com agarrão. Vias negativas. Vias de 30m. Vias seguras. Muitas. Vias. Democrático. Muito 6º grau com agarrão. Muito 7a “na promoção” (ADORO). Outros sétimos que são oitavo kkkk Mas os oitavos são oitavo mesmo! Mas é bom, mantém os máquinas ocupados. Tão ocupados quanto os seres humanos que vão lá pra escalar e se divertir com a galera, e fazem justamente isso!

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O Encontro de Arcos é uma festa da Escalada. Um dos melhores encontros de Escalada Esportiva do Brasil pois é tudo muito  fácil: Você vai lá pra escalar, então você vai lá e escala. Não precisa ficar 2h perdido no mato procurando via. Ta, eu sei, é conforto demais, tira o caráter aventura da escalada. Mas pra quem gosta de ficar perdido, tem pico que é mais aventura que escalada, e na hora de escalar é uma aventura. Em Arcos não: a gente vai pra escalar. Gostoso né? Em ARCO na Itália, o que fez a escalada sair do patamar de atividade marginal para um esporte popular e democrático (e os equipos de escalada se popularizarem e baratearem) foram justamente as falésias dentro da cidade que você vai caminhando, escala, escala, escala, depois desce e vai pro bar. A pé. Já estava mais do que na hora de termos um cantinho assim também!

Bem, não é dentro da cidade, mas de onde vc para o carro é tudo tão pertinho! A única excessão é o melhor setor de todos, o terceiro Andar, que fica na sombra o dia inteiro, tem 20 vias de 5º a 8a, base plana “child-friendly” mas tem que fazer a trilha de 15 minutos para o segundo andar (Ô que ruim), subir a escadinha de acesso e depois mais 5 minutos de caminhada (nossa, já cansei #sqn).

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Mochila Osprey Kestrel 48 incrível, cabendo tudo pra variar, e maguina Desfibrila. Fininho do jeito q eu curto!

E falando sobre o Encontro em si: IN-CRÍ-VEL!! Muita gente no abrigo, fora dele. Todo mundo escalando, organização de primeiro mundo. Comida da fazenda, pão de queijo, açucar com café… Minas né gente, o estado mais acolhedor do Brasil! (se bem que depois que eu conheci o Ceará, eu acho que pode rolar um empate técnico). A organização não deixou faltar nada, acho que não tem o que mudar para o ano que vem. Tipo, melhorar sempre dá, mas ficou evidente que a organização fez o máximo, o possível e o impossível que estava em seu alcance pra que ficasse perfeito. Prometo que ano que vem eu vou estar com voz e o Microfone vai ser meu na apresentação final e sorteio de brindes! hahaha

O foda foi que eu cheguei pro evento na terça com uma P… gripe. Chegava no fim das vias ofegante, fracooo… que tristeza. Até que no sábado comecei a apertar um negocin aqui outro ali  mas não deu pra entrar em nenhum projeto, que triste… Isso me frustrou bastante. Ainda bem que era festival e nem deu tempo de achar ruim, tava com uma galera bacana.  Well… mais ou menos hehehe O pessoal de São Carlos ficou numa casinha entre o abrigo e o pico. Mas eu preferi ficar na Geral com o pessoal de Franca. Aí o pessoal de São Carlos achava que eu tava com o pessoal de Franca. E o pessoal de Franca achava que eu tava com o pessoal de São Carlos kkkkkk E aí no final eu tentava juntar os dois grupos mas acabava indo sozinho pro pico (1h depois que todo mundo ja tinha ido) hehe

Mas foi bem massa pq no fim das contas deu pra escalar bastante, a galera aprovou as vias que eu pude abrir com o Ives e o Fabinho ano passado, e eu mesmo que não tinha entrado em várias, entrei, e pirei. É estranho, mas eu adoro as vias que eu abro rsrs  Tipo pai coruja achando que seu filho é sempre o mais bonito kkkkk

Finalmente mandei a Helicoidal, um clássico de Arcos no terceiro andar, e a  famigerada “Meia Seca” (quem me conhece sabe a história do nome da via hehehe 😛 ) um 7b de pés em aderência com agarras todas de lado ou invertidas, equilíbrio pra caralho e muita fé. E claro, entrei na Pilares da terra, um 6º cujo final teve a grampeação   sob a responsabilidade do Ives, e que ficou espetacular. A via é bem protegida pois tem um galho um certo momento da via, que passa bem atrás, e você tem que passar entre o galho e a pedra. 30m de puro regozijo numa escalada de agarras boas e final negativo de patacão com um pouco de técnica. Tem como não amar?

E claro, fiz um voluminho e perdi o medinho de uma via que tinha entrado quando tinham acabado de abrir e estava suja e eu tinha achado um terror. Desta vez, entrei, recuperei minha dignidade e recomendo a todos também a via “Meu amigo Stive” no vale das sombras. Aliás, por falar em vale, ali foi bonito de ver a galera malhando a   “Ho´ponopono” e a “Samsara”. Cadenas espetaculares da galera de Sanca e agregados, kamon! Ah! E a “Toko loco” também, incrível, negativo de batentões bons, só agarrão, um 6sup de teto no começo praticamente (depois fica vertical de agarras boas). Muito amor por esse encontro, esse pico, essas vias, essa galera! Agora passando a temporada de boulder volto pras vias e pros meus projetos que tive que adiar dessa vez.

Kamon!

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Valews, falows! =D (eu na Meia Seca)

Caindo na estrada parte 3/∞ (Bocaina é a Vibe!)

Fabio na Shana Crazy ao por do Sol!

Fabio na Shana Crazy ao por do Sol!

Mano, as últimas semanas e meses tem sido a coisa mais louca do universo. Fui pra essa trip que tenho postado devagar, mas depois que voltei já fui pra mais tanto rolê massa que fica dificil postar tudo!!!

O melhor de tudo foi o reconhecimento que as conquistas e o profissionalismo que temos adotado tiveram e consegui uma bela parceria com a maior fabricante de parabolts da America Latina, a Âncora sistemas de fixação. Mas vou fazer um post só sobre isso. Hoje vou falar sobre um pico de escalada com muita personalidade, uma comunidade local unida que dá a Vibe mesmo não estando presente, através das vias bem protegidas, trilhas muitissimo bem cuidadas, acessos, enfim.. um dos picos mais bem cuidados que eu já vi no Brasil: BOCAINA!

Foto da Bocaina, by Cintia, grande fotógrafa e escaladora!

Foto da Bocaina, by Cintia, grande fotógrafa e escaladora!

Pra quem não lembra estava na estrada desde a quinta anterior. Estivemos na abertura de temporada do Cipó e lançamento do Incrível Guia de Escaladas da Serra do Cipó. Depois ficamos 3 dias em Arcos abrindo via e agora a saga continua. Saímos de Arcos na quinta de manhã  para quatro dias de muita escalada. Os brothers de Divinópolis Cintura, Tetê, Nati, Peixe e o Carlão já estavam lá, e fizemos uma favelinha de “Arcos/Divinópolis” por lá. A vibe dessa galera é tão boa que quando viajo com eles já me considero como sendo parte integrante desse time, o que é uma sensação inestimável poder sentir-se parte dessa galera!

Essa história de “A VIBE DO CLIMB” realmente tem um poder transformador e ensina muita coisa. Não tem como explicar, só sentindo mesmo!! E só viajando, escalando com outras pessoas, em outros picos, outros lugares é que a gente se vê imerso nessa energia tão contagiante e pra frente que é a escalada. É a Vibe!

Shana Crazy - Classiqueira da Bocaina!

Shana Crazy – Classiqueira da Bocaina!

Pudemos escalar várias vias clássicas como a Shana Crazy, Ramadan, Suindara, International Love, a incrível “Decadentes” e muitas outras. Nos últimos dias já sentia meu ombro bem melhor finalmente pude subir a marcha do grau e dar vários pegas na “Samurai Rastafari”, um 7b da cadeia bem hard, com certeza um clássico da bocaina!!! Até no setor ensolarado pudemos escalar no terceiro dia pois estava nubladinho de manhã, beta da grande Bianca Castro, valeu demaiss!!

O abrigo estava lotado e o clima era de Encontro de Escalada. Encontramos gente do Rio, de Campinas, de São Carlos, de Divinópolis, Franca, Arcos, BH, Indaiatuba e até os locais de Araxá! Teve inclusive várias personalidades do Climb que vieram querer tietar comigo (kkkk ta mentira, eu que pedi pra tirar foto mesmo!). E não posso esquecer de citar a galera vibe demais do Highline que estavam representando em peso ali! Até o meu brother daqui de Descalvado, o Carlão tava lá, foi loco!! Ele me apresentou vários brothers, foi mto massa mesmo essa integração, ali rola demaisss!

Wagner  tirou umas fotos bem massa minha na decadentes! (wagner, da próxima alinha o horizonte, ok?)

Wagner tirou umas fotos bem massa minhas na decadentes! (wagner, da próxima alinha o horizonte, ok?)

Bocaina Incrível, mesmo os setores de sol batem sombra ou antes ou depois de certa hora tipo 2 ou 3h, então não precisa fritar no sol, e uma coisa que me chamou bastante atenção é que mesmo no sol é possível escalar sem derreter, pois ali é alto e bate sempre uma brisa fresca – sem contar que estávamos no inverno. Aqui no Cuscuzeiro e região (tipo Franca) é impossível escalar no sol que vc simplesmente torra, tem uma insolação antes de chegar na parada da via, então até parede com potencial que temos visto por aí não temos investido pois no mínimo o seg precisa ficar na sombra se não não vale a pena abrir via.

A série caindo na estrada acaba aqui, (de começar)… Depois disso já rolou abrir mais via em Franca, rolou o patrocinio da Âncora, trip pra Arcos pra abrir mais via no terceiro andar e Ouroboulder incrível. Ah! E o novo pico de Boulder do interior aqui perto do pedágio de Brotas. Aguardem, muitas postagens acumuladas!!!

Caindo na Estrada Parte 2,5/3 (Novo setor em Arcos)

Inaugurando o novo Abrigo Base

Inaugurando o novo Abrigo Base

Tudo muito bom, tudo muito bem, idéia vai idéia vem… aquela coisa, no Cipó tava lindo, mas o plano era tocar pra Arcos domingo a noite e “toquemos”. Fomos direto para estrear o novo “Abrigo Base”, gerenciado em parceria pelo casal Tete/Cintura e Dalva/teco. Da última vez que estivemos lá essa casinha era alugada pelo Cintura e a Tetê pra eles mesmos, de Divinópolis passarem o final de semana em Arcos próximo ao pico, mas agora a casinha tinha virado um abrigo!!

Pudemos estrear a casinha, e na segunda cedo tocamos pra cidade comprar comida pros próximos dias. Fomos chegar na pedra por volta de meio dia. Eu ja conhecia o terceiro Andar, mas o Fábio me mostrou um setor em cima de uns trepa-pedras pelo qual eu desisti de abrir as vias que eu tinha flagrado. Ali era muito sensacional. Base plana, sombrinha o dia todo, muitas agarras e no centro do salão, vias longas de 25m.

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A primeira de muitas

Logo começamos os trabalhos, guiei uma fenda em móvel (Que virou via: A “To vendo mas não ta subindo, 5º <móvel>) e cheguei rapidamente ao cume, mas não o cume do setor todo, pois havia uma “greta” que me impedia de passar pro outro lado e bater um top onde a gente queria. Mas tudo bem porque ali já saiu o Top de duas vias, “A primeira de muitas, 7a” que fica bem na entrada do salão e tem um teto no finalzinho, e a “Volta o cão arrependido 6º/6ºsup” pra direita da primeira (e à esquerda da “To vendo mas nao ta subindo”). Claro que não foi tudo de uma hora pra outra que abrimos essas vias.

Pra aproveitar o finzinho de tarde e aproveitar e gastar umas baterias, subi rapidinho outra fenda meio diagonal em móvel, que ficou a “Quartinho de Ilusão, 4º”<móvel> e bati uma parada. Dali escalamos, marcamos e furamos a “Exame de Próstata 4ºsup/5º”

Fabio vindo de segundo na "Exame de Próstata", detalhe para a torre inacreditável atrás dele..

Fabio vindo de segundo na “Exame de Próstata”, detalhe para a torre inacreditável atrás dele..

No dia seguinte continuamos os trabalhos na “Primeira de muitas” e na “volta o cão arrependido”. Eu furei uma e o Fábio outra. Após estas vias estarem prontas, eu reparei que o problema da “Greta” pra acessar o cume da falésia acabava antes do top da Exame de Próstata, então eu subi até ali, chamei o Fábio de segundo e dali ele me deu seg para eu tocar para o cume. Acabou que era um rampão fácil, não bati chapa nem protegi em nada também porque minha idéia era não voltar por ali, não chamar o fábio, era puxar corda e rapelar pro outro lado. Uma vez no cume bati uma chapa de onde rapelei pra alcançar o lugar onde seria a parada da “Império Galático, 7a”. Foram poucas as vezes na vida que eu fiz um furo sem ter escalado antes, mas nessa foi necessário pois a linha era super negativa. Analisei 1h sobre onde colocar a parada e mais especificamente a chapa que reenviaria a corda no negativo pra poder escalar com mais segurança e marcar o restante dos furos, e acabou que ficou excelente! O Fábio subiu marcando e já desceu furando: a equipe estava entrosada e alinhada!!!

No terceiro dia eu fiz o FA da Império Galático e, por uma árvore que cruzava o salão, guiei uma travessia pra chegar do outro lado e bater a parada de uma via que sobe por uma coluna helicoidal de concreto, coisa mais loca do universo! O nome da via? Helicoidal, 7a/b. O Fábio subiu marcando, pagou uma travessia pela pedra mesmo, pra esquerda, e bateu o top de mais uma, a “Miranoku e vai”: É um negativo, e lá em cima tem um buraco branco com a borda preta, certinho. Quem quiser saber por onde a via passa, Miranoku e vai! hahaha Como ele desceu pela linha da Miranoku, eu tive que subir a Helicoidal pra confirmar os furos, e desci furando.

OrangoGenja!

OrangoGenja!

Quando cheguei no chão já tava meio escurinho, tivemos que abandonar a miranoku, que ficou pra próxima viagem. O Terceiro andar ali é in-crí-vel. As linhas vão ficar iradas, compridas, não necessariamente difíceis mas tem algumas ali que vão dar trabalho! Já flagramos um monte de linhas, nomes imaginários, mas claro, que enquanto não batemos o martelo na ultima chapa nao batemos o martelo no nome hehehe O Acesso não é de graça, é preciso escalar o comecinho (3 chapas) do quinto grau que dá acesso à cafeína, acessar o platô e rapelar pro outro lado. Ali já tem umas 5 ou 6 vias muito legais, parece que ali chama “Jardim do Eden”. Uns 40m seguindo pelo corredorzinho tem um trepa pedras por onde rapidamente se acessa o salão do terceiro andar. Depois pra ir embora é só voltar pelo mesmo caminho e rapelar de novo do lado de onde você havia rapelado pra “chegar” no setor. Assim você volta pro pé da via “Stone Fischer”.

E foi isso, relato rápido de 3 dias muito intensos, de muita conquista, parceria forte ali, era nóis dois, O Fabio e eu, nuu! Teve bão! Já estamos com viagem marcada de novo pra Arcos, dessa vez pra ficar uma semana abrindo via ali, que da última vez 3 dias foi é pouco! Setor incrível, vias animais, clima ideal.

Pra encerrar deixo uma compilação de dois videozinhos que fiz durante as conquistas…

A noite fomos comer na cidade mas, antes de pegar a estrada para nosso próximo destino, acabamos dormindo na casa de uma escaladora local de arcos amiga nossa, a Lu (que arranjou uns docinhos sinistros pra gente, valeu!!). Assim, uma vez na cidade, ali ficamos, e saímos em direção ao nosso próximo destino, que era até então desconhecido por nós, com a luz do sol.

BOCAINA! Inacredibiliível! Muita viibeeeee!!! Mas aí essa eu conto na última parte da segunda parte do relato…

Na estrada parte 2/3

O Parceiro, Fábio!

O Parceiro de trip, Fábio!

E se eu não me apressar com esses posts logo serão mais partes hahaha

Mês passado teve o lançamento do guia de escalada mais esperado da década depois do guia do Cusco, é claro ;). Foi lá na Serra do Cipó que os escaladores locais Barão, Belisário e Wagninho lançaram o Guia de Escalada da Serra do Cipó. (Já disponível na Quero Escalar) 😉 Não poderia deixar de prestigiar este que para mim foi um acontecimento mais importante que qualquer abertura de temporada, campeonato ou festival. Um guia de escalada tão completo da melhor área de escalada do Brasil realmente não poderia passar em branco, ainda mais com o campeonato que marca a abertura de temporada no Cipó?! Vish, fui memo, ta ligado?

Esse Guia é o Bicho! E sabe onde tem? Isso mesmo, na Quero Escalar!

Esse Guia é o Bicho! E sabe onde tem? Isso mesmo, na Quero Escalar!

Combinei com o Fabio de Porto Ferreira, que ao contrário de mim que estava a trabalho, está num período sabático. Ninguém de São Carlos animou ir mas mesmo assim eu me joguei pois sabia (e estava era mesmo precisando) que ir para um lugar incrível e reencontrar os amigos de longe e conhecer um monte de gente boa não me soava nada mal. Saímos de Porto Ferreira numa quinta, chegamos no magrão a noite, armamos barraca e lá ficamos até domingo. Na sexta feira pudemos escalar, já começamos a reencontrar a galera pelo pico e conhecer outros tantos. A noite era o principal motivo de nossa viagem, colamos no Espaço Mandalla para o lançamento do Guia. Nossa, só personalidade… tietei horrores, tive o privilégio de apertar a mão e conhecer o Antonio Paulo Faria, graaaande figura da escalada brasileira que pelas histórias hilárias provou porquê é um figura tão carismático e respeitado por onde passa. Conheci o Sapo, da Sapo Agarras, Reencontrei a Flora e o Tommy da 4 ventos (marca de roupas e mochilas do Paraná). Do Paraná Também estava o Chiquinho da Alto Estilo e o Ed da Conquista, com quem pude conversar pessoalmente pela primeira vez sobre a polêmica entre a Quero Escalar e sua marca. Pessoa humilde, que conversou numa boa sobre o ocorrido. Pude então finalmente conhecer outra figura bastante carismática e conhecida que é a escaladora Nereida, entre outros tantos não tão anônimos quanto este que vos fala. Pela primeira vez pude trocar algumas idéias com o Belisário pessoalmente, gente finíssima também. O lançamento foi uma festa mesmo, a galera toda super alto astral, a viagem estava só começando mas começou muito bem. A qualidade do guia realmente cumpriu o que prometeu e não deixou nada a desejar a nenhum guia gringo.

No segundo dia iria ter o festival, eu com meu mimimi ombro zuado fui só rapidinho pra prestigiar e pegar a camiseta do evento. Tocamos pra pedra escalar mas no fim do dia voltamos para ver as finais do Master. Aí foi um show a parte. Um show da parte da organização, um show por parte d@s atletas que deram um espetáculo ali ao ar livre. Pude ver grandes personalidades como Jean Ouriques, Rafael Passos, Haddad e o máquina Felipe Camargo (entre outros não menos fortes/importantes) flutuarem pelos boulders, este último com brutal vantagem física e técnica sobre os outros. No feminino foi de encher os olhos ver a flora demonstrar uma técnica apuradíssima que só quem escala muito na rocha consegue ter, ou ver a pressão incrível da Maíra Vilas Boas destruir alguns boulders. Tietei mais ainda. Tirei foto com um cara que eu admiro muito e já tinha trocado idéia que é o Fei (tipo o Dani Andrada Brasileiro, um dos caras que mais abre via no Brasil), fiquei admirado com a simpatia e a humildade do Felipe Camargo, que ficou trocando uma idéia de boa um tempão e contou dos planos e de seu rolê pela Europa (por acaso essa semana ele mandou um 9a Francês la em margalef).

No domingo foi Mara pois pude escalar com o Graaaaande Maurinho de Divinópolis na sala da Justiça. Conheci finalmente personalidades do Climb Mineiro como a Renatinha e a própria Maira Vilas Boas que tava no Magrão com a gente. Conheci gente muito animada com o climb, gente normal sabe? Gente que tem vida não-climb além do Climb – Tipo de gente que as vezes falta no meio da escalada pra trazer uma perspectiva diferente pra gente que fica só bitolado no climb. Pessoas tipo a Silvia de Sampa que eu já conhecia, ou a Alaine de BH. O Lucas que fez janta com a gente no magrão, e no outro dia entrou a vista na Inquilinos (9a) do meu lado na sala da Justiça e mandou de segundo pega. A humildade do maluco é maior que a força na escalada, e a simpatia supera tudo! Finalmente conheci o Garrinha, vi ele escalando só um 6 grau, mas ali eu já flagrei que o bicho manja dos paranauê de subir pedra. Menos quando tem queda com pêndulo né Garrinha? rsrs Galerinha de Montes Claros aaaltamente alto astral, nuuu… que foi isso!? Tiago, Fernandinha, Cris, (e o quarto elemento todo quietão que eu esqueci o apelidooo) nuuu… Se a galera de MOC é que nem essa turma, vou pra lá em breve!!  Enfim, foram 3 dias de um intensivão de gente Alto Astral, a Vibe lá na lua, foi coisa fina mesmo, tipo uma lobotomia de boas vibrações. Tipo aquilo que o Chico Xavier usa pra pagar o ônibus… um passe!! 

Ahhhh, o Cipóoo. Mas o domingo chegou e o Fábio e eu vazamos. Fomos para a segunda etapa do nosso rolê, que estava só Começando: Arcos. Mas essa Trip foi tão da hora que não da pra contar tudo num post só, mas se liga que o próximo post eu conto do Setor novo no qual a gente abriu as primeiras vias e do abrigo classe A pra escaladores lá de Arcos. No te lo pierdas!

Na estrada!! (parte 1/3)

Arcos, segunda casa!!

Arcos, segunda casa!!

E depois que eu assumi de vez (ui) esse estilo de vida de escalador, as coisas tem ficado muito mais corridas aqui na Quero Escalar. Muitos pedidos, reposição de estoque, negociações, importações, uma lou-cu-ra. Adoro hehehe Mas aí aos finais de semana, vish… mais correria ainda. Muitas viagens, aberturas de vias, festivais, nossa. Fazia tempo que eu não postava justamente pq primeiro tenho tentado ocupar o tempo o máximo possível com coisas não computadorianas, segundo não tenho tido tempo por causa das atribuições da Quero Escalar (da loja) e terceiro que tenho viajado pra caralho pra prestigiar eventos, campeonatos, abrir vias, enfim, muito trabalho, sabe como é. 😉

Já nem lembro mais mas acho que foi 1 mês e meio atrás que fui pra Arcos com Ives e Cleberina num feriadinho tipo 1º de maio ou algo assim. Foi risada a dar com pau, mas sinceramente nem lembro mais dos detalhes do nosso itinerário kkkkk Aqui vão algumas fotenhas:

E Arcos sabe como é né, não tem como ir pra lá, não levar a furadeira e não abrir uma viazinha! Num dos dias fui com o Ives no setor novo que o Peixe, Maurinho, Carlão, Cintura e Cia. Ltda tinham descoberto atrás da cafeína e piramos. Eu alucinei no setor. Mas a logística ali ia ser mais pesada, preciso de uma trip só pra isso pois o setor ali cabe o triplo de vias que atualmente já estão abertas no pico inteiro. (!!) Sendo assim abrimos uma linha que há muito namorávamos do lado esquerdo da Minha Criança/Mar de Espinhos. Linha Incrível, e adivinha? Não passa de mais um sexto grau (LINDO). O Nome ficou uma homenagem ao graaaande Cleber Harrison, e nossa piada interna favorita: “CURTE O PLANETA QUE VOCÊ VIVE, 6º”

Ives na conquista da "Curte o Planeta que você vive" no segundo Andar

Ives na conquista da “Curte o Planeta que você vive” no segundo Andar

Mas aí o terceiro andar era muito alucinante… tive que voltar pra Arcos só pra explorar ali aquele setor, mas eu chego lá no próximo post. Enquanto isso pudemos curtir uma trip leve, engraçada e suave, como tem que ser. Apesar da comida apimentadíssima do Ives, não houveram muitos percalços durante nossa estadia. Ah, e nossa ida pra lá ocasionou uma coisa muito legal! Tava muito lotado o camping da Celinha, e logo ali os brothers Cintura e Tetê alugavam uma casa onde a gente brincava que só a Diretoria costumava ficar e ficamos lisonjeadissimos em poder ficar ali também. Aí motivados pela nossa ida,  Teco e a Dalva resolveram transformar a casa em abrigo de escaladores em parceria com o Cintura e a Tetê!!! Uhuuullll!! Fiquei muito feliz e na próxima Trip ja pudemos voltar e literalmente estrear o novo Abrigo Base. AH! E uma parte da diária do abrigo vão pra comprar chapa pro pico, irado, não?! É a transformação começando a aconteceeer….

No próximo post tem mais coisa incrível acontecendo… aguardeee….

Nota mental: Não deixar para entrar nas tretas no último dia de viagem, a menos que seja o projeto de todos os dias da viagem.... kkkkk

Nota mental: Não deixar para entrar nas tretas no último dia de viagem, a menos que seja o projeto de todos os dias da viagem…. kkkkk

 

Feriado em São Bento – Chuva e cadenas a vista!

Aquela Seg "ishperta"

Aquela Seg “ishperta”

Pois é, no feriado de tiradentes fomos pra São Bento depois de 1 ano. Enquanto a galerinha do bem ficou na casa da “Ju, CV, Russo e Greg”, o Ives, a ML e eu ficamos na casa das amigas de SampaMeoo Silvia e San. Fomos muito bem recebidos, e a vibe é alto astral total! Ainda no domingo conhecemos também a Laís e até a Jan e o máquina Felipe Ho apareceram por lá pra dar um salve (pra San né, hahaha).

Aí no primeiro dia fomos com elas pra Divisa, onde pude testar mais um pouco as sapatas novas que estou avaliando, tanto da Spyffer quanto as Tchecas Triop. A Látex da Spyffer tenho usado ha um mes e tem o calcanhar melhor que o da five ten (o que não é muito dificil cá entre nós), e a borracha até agora tem cumprido o que promete. Sugeri algumas alterações como o fecho mais justo e os modelos disponíveis na Quero Escalar já estão com as modificações. Ela é bem agressiva, não é uma sapatilha DURA como a miura, é mais parecida com a cobra, inclusive o couro, mas veste bem no pé e tem boa adesão nos regletinhos. Eu brinco e digo até que parece o sistema no edge porque é bastante sensível e onde você bate o pé ela gruda. Enfim, mandei a Gripe Espanhola no setor tetos na divisa, um 7a que todo mundo que mandou 7a/b a vista como a It´s only rock and roll e a chão de giz aquele dia, não mandou, e achou que poderia ser um 7b hard ou 7c.

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Marina e Cleverson fazendo combo “Double Pose” com a mãozinha hehe

 

E por falar em 7c mandei meu primeiro 7c a vista! Fui pro setor comunista e mandei a “Quem mandou não estudar”. A via é muito legal, estava equipada e fiz uma leitura muito boa (o que pra quem conhece a via sabe que não é lá mto dificil). Aí as suspensões no tecido e no trapézio nas aulas de circo com a Trupe Uaaah! e a estabilização dos antagonistas e core na Equilíbrio corporal fizeram a sua parte – pois não tenho feito treinos específicos pra escalada nos ultimos meses por conta da dor no ombro.

Segundo dia, paredinha...

Segundo dia, paredinha…

No segundo dia rolou um disse que disse que não me disse. A galera do bem ficou de passar na nossa casa logo cedo pois lá nao pega celular, estávamos no pé do Baú e iríamos fazer parede. As 8:30 estávamos prontos e nada. 9:30 e nada. 10:15 saímos e a caminho descobrimos que eles já estavam lá nos esperando. 40 mins depois, quando finalmente chegamos ao pé das vias no Bauzinho depois de pagar a taxa de acesso/estacionamento, Ives e eu descobrimos que Isabeto convenientemente resolveram fazer a via que nós dois vinhamos comentando que queriamos fazer há dias. E toca esperar a primeira dupla. Nós na Homem pássaro, a dupla Honnold-Caldwell Cleverson e Greg na Galba, que a fizeram em sei lá, meia hora. Aí o Trio parada dura: Bia, Marilands e Marina, com pouca experiência acabaram sendo auxiliadas por um pessoal de SP, e o Hugo acabou dividindo a cordada com a ML. Eu e o Ives fomos revezando as cordadas, dividindo parada com Isabeto na HP, mas na quarta enfiada desabou a maior chuva, e tivemos que abandonar. E uma vez no cume do Baúzinho esperamos as meninas terminarem a via prussikando em cordas fixas sob a orientação do Hugo. Eu fiquei com a impressão de que a intenção nas mudanças da situação do Baú até que foram boas, mas o que se recebe não é o que se espera. Você paga pra entrar e estacionar o carro, e de cara encontra alguma infraestrutura. Para chegar no cume do do Baúzinho (onde antes se parava o carro) agora é preciso fazer uma caminhadinha. Até aí tudo bem. Mas o estacionamento atual causa muito mais impactos ambientais do que ir de carro até o local antigo pois a estradinha de nem 300m de acesso a esse estacionamento está em péssimas condições, parece um rio de lama quando chove e a parte baixa do estacionamento já está acumulando uma grande camada de lama sobre a grama provocada pela erosão acelerada da estrada. Foi por muita sorte e destreza dos motoristas ter conseguido sair dali pois depois da chuva a estrada se tornou um lamaçal. E se tivesse tido qualquer problema, acidente ou incidente antes havia uma casinha próxima ao cume do Baúzinho onde poderia ser guardada uma prancha rígida ou um kit de PS. Mas no final deu tudo certo, apesar de termos tomado a maior chuva. Ah, fiquei puto também pois meu Anorak/capa de Chuva Colúmbia com tecnologias Omni-Tech e Omni-weak-Evap se comportou como um moleton molhado. Mesmo fechado, molhou inteiro por dentro, enxarcou meu saco de magnésio, não fez diferença alguma na escalada e na proteção contra chuva. Aquelas capas de chuva amarelas do “PicaPau desce as cataratas” são mais impermeáveis com certeza.

Como tinhamos acordado a toa cedinho no domingo, na segunda acordamos tranquilamente e fomos para o frade sem muita pressa. Tínhamos a localização GPS do pico, do estacionamento, da entrada na rodovia, então chegamos por lá uma da tarde. Foi Bater na pedra, caiu uma chuvinha de verão de uns 15 mins, suficiente para nos espantar para o setor da direita, com algumas vias bem negativas com agarras boas. Delicia! Adorei a via Freddie Mercury, mas com agarra quebrada acho que a via deve ter subido de 7a para 7c/8a. E depois dela, fomos conhecer as vias no outro lado do pico, mas ficamos um pouco decepcionados com as trilhas e o pé das vias que carecem de manutenção. Então, mesmo com muita gente no platô, insisti em dar uma chegada ali no setor barcelona. Pude então entrar na via sem noção, um 7c que após longa batalha na segunda chapa, acabei mandando a vista também. Esta eu mandei com uma das minhas sapatilhas tchecas, a Triop modelo phet maak, que é mais durinha e tem um calcanhar bastante confiável. Fiquei muito feliz, não entendi muito bem o ocorrido. O final foi uma luta contra o tijolamento, tive que usar e abusar do posicionamento para fazer as costuradas gastando o mínimo de energia, e focar nos movimentos pois indo pra base realmente até pensei que pudesse cair mas aí utilizei aquela concentração da meditação, de focar no que é importante, esvaziar os pensamentos e Vualá. O Ives coitado, que acabou não escalando muito pois foi equipar umas vias fáceis pra ML e ela fez a desfeita de nem entrar. :/ E na hora de ir embora aquele pasto parecia uma rave, várias headlamps perdidas indo pra lá e pra ca sem achar o caminho certo do estacionamento. Aos poucos quase 20 escaladores foram chegando depois de terem ficado altamente perdidos e se orientado pelas headlamps dos que chegavam ao estacionamento e as deixavam ligadas no modo estrobo para ajudar os coleguinhas.

Na freddie Mercury, no Frade

Na freddie Mercury, no Frade com a Triop que brilhou muito

Ives na Freddie Mercury

Ives na Freddie Mercury

Pedra do Romão - Bases de vias tão boas que se seu carro passar no crux da estrada é até Kids-friendly!

Pedra do Romão – Bases de vias tão boas que se seu carro passar no crux da estrada é até Kids-friendly!

No último dia, combinei com um amigo de Facetoba, o Samuel de Cachoeira de Minas para conhecermos uma falésia nova – a Pedra do Romão. A Quero Escalar até tinha doado umas chapas pra ele abrir umas vias lá. O Carrinho nem subiu até o final pois já estava carregado com as malas pra ir embora na sequência, mas a caminhadinha é beem de boa. O Pico suuuuuuper bem organizado. Trilhas bem marcadas, degrauzinhos, croqui das vias em garrafinhas no pico, nossa, pico gringo mesmo, achei demais. Entrei em umas 3 vias mas nossa, realmente fiquei muito feliz em ter podido contribuir com o desenvolvimento desse pico. Parabéns Samuel e aos locais pelo trampo, valeu a pena, com certeza vocês verão mais visitantes em breve, recomendo a todos que tiverem cansados do eixo “Divisa-olhos” e quiserem conhecer um pico esportivo novo ali na região de São Bento, vale muito a pena!

Puberdade, 7a - Pedra do Romão

Puberdade, 7a – Pedra do Romão

E aí, já mais perto de Sanca (pois agora descobrimos um caminho pra SBS que paga R$9,0 de pedagio contra os 50 de campinas e que demora a mesma coisa só que sem congestionamentos em vésperas e retornos de feriados) voltamos pra sanca pra encarar a realidade. E no fds seguinte, já fui pra Franca com o Wagner abrir via num pico novo (e desta vez não é primeiro de Abril – mas o pico ainda não está liberado: há muito trabalho a ser feito – tanto de trilhas, quanto de vias). Mas esse assunto fica para um próximo post!

Em breve, aguardem...

Em breve, aguardem…

Cipó de Reveion (muitas fotos)

Bia e os contrastes das rochas do Cipó

Bia e os contrastes das rochas do Cipó

Fomos para o Cipó, ficamos 15 dias. Escalamos horrores e tive a oportunidade de escalar muitas vias a vista em setores novos e repetir algumas clássicas. Cheguei a mandar um 7c/8a no segundo pega (Por entre as pernas da perseguida) mas infelizmente não pude mandar todos os projetos que tinha. Tivemos a oportunidade de conhecer todos os setores novos e linkar por dentro o G3 ao G2 ao G1, coisa linda. O PCC é o canal pra dia de muito calor. O Blair pra qualquer dia, e o papagaio é irado! E o setor Janela então?! Puts, pirei!

Eu não pude entrar em tudo que eu gostaria pois no comecinho de dezembro senti um incômodo no ombro, que na segunda metade da trip voltou a incomodar. Eu nunca tinha sentido nada no ombro, mas agora como o elo mais fraco que eram os dedos foram fortalecidos, deve ter aparecido outro elo fraco :/ Foi num move besta e fácil no final da Especialidade da casa indo de um agarrão para outro agarrão q senti o Crec no ombro. <<Burroooooo>>. Aí que que o infeliz aqui faz? Mesmo com o alerta no ombro, depois de 2 dias, entra na Heróis equipando. Very clever! Quando cheguei no chão tiveram que tirar o nó pra mim e fui medicado com 1 dorflex e 2 cataflans pq não aguentava de dor no ombro/braço esquerdo. Ó dó…. Aí até o fim da trip tive que abaixar o nível e fiquei escalando só sétimos a vista com o Ives pra não forçar. Foi bão também! Fiz várias vias novas legais na perseguida, no Blair, no PCC, no Coliseu, no Serra Pelada. Escalada à vista é muito massa, não sei pq não vejo a galera fazendo esse tipo de escalada por lá.

O Greg foi o nosso menino de Ouro, mandou a ética e a na Calada da noite, e como diria a Bia, o resto não fez mais que a obrigação. Fiz um sexto grau lindo de morrer, “delício” na perseguida, novo, duas vias pra direta da por entre as pernas, sensacional. Repeti a Gigante pela propria natureza, flashblack, entrei na sheetara de novo, conheci a 11 proteções e 1 segredo, finalmente conheci a Dilúvios na Sancho Pena e a Via de Blair (que vias incríveis!). Incríveis também as duas vias da esquerda do PCC, um 6sup e um 7a, e fiquei morrendo de vontade de entrar na Pablo Escobar e na Zé pequeno, mas fui pela prudência que me faltou antes e me contive entrando em vias mais tranquilas. Ah! E pude mandar finalmente um 7b que tava devendo desde 2010, a “Minha amada imortal” no G1. A primeira vez do Ives no Cipó foi muito bem, fez até um ou outro 7a em flash e pode conhecer a maioria das clássicas.

Confira as fotos que acho que elas falam mais que palavras 🙂

Nossa, e nessa trip aconteceu a situação mais bizarra da minha vida com rapeleiros. Estavamos no setor da Melzinho, o Greg tinha acabado de mandar a Sem compromisso 7a e tinha um brother de Sampa malhando a Jungle Boy. De repente… Senta q lá vem a história:

Quando vejo alguém fazendo presepada no pico de escalada...

Quando vejo rapeleiro chegando no pico de escalada…

Num puta calor de 35º, todos derretendo, chega a gangue do rapel com macacão de piloto da força aérea, de bombeiro, de lixeiro, entre outros. Cheio de brasões, bordados e claro, coturno até o joelho. Garotos de 15, senhoritas de 30, homens nessa faixa também. E o líder de shortinho da copa de 70 e camisetinha (igual do gif acima). Vinham com corda no pescoço, cadeirinha em mãos, nenhuma mochila. Comentando entre si: “…Olha lá, eles já estão descendo aqui, vamos ver como eles tão fazendo…”  Eu cheguei até a pensar que fosse alguma coisa da brigada de resgate local, onde algum escalador foda estivesse ensinando alguma coisa para alguma turma sobre procedimentos de segurança em escalada. Ledo engano. Eles chegaram a perguntar se todos que ali estávamos na base da via (no chão) já tinhamos todos descido. Tive que explicar que nenhum de nós que ali estava havia descido, só subido e que apenas o último fica pra limpar a via e descer (nem me dei ao trabalho de explicar que depois de subir, haviamos descido de baldinho, preferi ser mais incisivo). Aí o Rapeleiro Alfa chega pra mim e pergunta: “É nossa primeira vez por aqui, onde vc recomenda que a gente faça rapel?”

via a vista 8anu

Ao que eu prontamente meio que sem pensar respondi: NÃO RECOMENDO. <<grilos – Cricri-cricri-cricri>>

coice-o

É, não foi um coice assim, mas alguns falaram que soou meio assim hehehe. Alguns segundos de silêncio depois que sucederam a resposta: “Mas não tem um lugar onde as pessoas fazem rapel aqui?” Não. não tem. O pessoal aqui vem pra escalar mesmo. Conheço os escaladores locais e pelo q eu sei essa atividade não é bem vista por aqui. Aì eles agradeceram, viraram as costas e foram “meio que caçar” um lugar pra exercer a deplorável atividade. Sem sucesso pois meia hora depois estavamos mudando de setor e cruzamos com eles passando por nós de novo na trilha, indo embora. Ai ai, até quando né gente? Não vou nem comentar pq se formos analisar as raízes disso passaríamos por parâmetros socio-econômicos, a falta de investimento e de interesse do governo em educação, a alta carga tributária, a safadeza descarada exercida pelo governo todos os dias, o monopólio do futebol em todas as mídias, que anda de mãos dadas com o machismo inerente à nossa sociedade, o desinteresse das pessoas por politica, ou seja: a falta de consciencia das pessoas sobre qualquer assunto e a superficialidade das discussões.

 

Agora fiquem com uma galeria de fotos do reveion…

E voltando ao tema principal do Blog que é fofocas escalada, mais fotos, pois na segunda metade da Trip, eu zuado me pus a tirar mais fotos afinal, era o que me restava fazer.

 

Bem, e essa foi mais uma trip pro Cipó! Agora é focar na recuperação e planejar a próxima! Que venha a rehab né, pq por enquanto é o que ta dando pra almejar! =D

Yin – Yang

O Equilíbrio das coisas

O Equilíbrio das coisas

Muitas vezes eu fico na dúvida se existe isso mesmo de Yin-Yang. É tanta coisa boa que acontece que parece que o balanço geralmente acaba sendo positivo. Mas de vez em quando acontecem umas e outras que nos fazem lembrar do equilíbrio das coisas. O Feriado em São Bento foi atípico. Muitas cadenas, muitas risadas, projetos concluídos e metas alcançadas, outras nem tanto. Mas qual o preço a se pagar por uma cadena? Uma lesão? Será que vale a pena?

Meus projetos para essa viagem eram a Psicose, 8a na pedra da Divisa, e Rock and Roll na Catedral, na Falésia dos Olhos. Nem curto muito os olhos (muita regletera), mas como fomos pra SBS só pra Ju entrar no seu projeto de longa data, arranjei um projeto lá também. No primeiro dia tava sol, fomos pro Tetos. O Ives caiu de “jão” no primeiro pega na Hellraiser e na It´s only rock and roll but I like it. Uma saiu de segundo pega mas a outra precisou de mais empenho (ou seria descanso?). Eu entrei me batendo todo na Psicose logo depois de aquecer na Tufão. Fritei a Bia mil anos na seg e depois de um tempo resolvi inventar um jeito inovador pra minha altura no crux, pelo qual através de alguns entalamentos, já alcanço a agarra que todo mundo da um bote e evito ter que apertar um regletinho ignorante. Daí pra cima é só gritaria porque é negativo de agarrão mas vc já vem torado do Crux e cada agarra e cada pé movimentado é uma luta. No segundo pega não estava muito confiante mas depois que fiz com maestria a primeira parte que havia me batido no primeiro pega, senti uma torrente de glória. Executei com precisão o crux, peguei a estrelinha do Mário Bros. e saí apertando rápido como se não houvesse amanha. Ô Grória! Primeiro dia, primeiro projeto caído! Enquanto isso ouvia rumores de que no Pilar central a Taís do Greg mandara a Kaliya, seu primeiro 7c, o qual, momentos antes, a Bia havia mandado à Vista! A menina estava com tudo e o feriado prometia.

No segundo dia todos mais ansiosos que a própria Jú, já fomos direto pros Olhos sem nem olhar a previsão do tempo, que mandou um sol lascado de trincar a parede. Aì o Yin Yang da Bia Aflorou. Chegando no pico, um cavalo aparece estribuchando perto da cerca já próxima da torre de alta tensão, provavelmente mordido por uma cobra. Aí a Bia prontamente se voluntariou a voltar pra casa do dono e avisar (detalhe, o cavalo estava do lado de lá da cerca). Chegando lá, ninguém. Só um cachorro. Que saiu correndo, babando, espumando, vindo em sua direção.

Agora imagina a cena em câmera lenta...

Agora imagina com um pitbull raivoso…

Ela aterrorizada pela figura errante vindo em sua direção, sai correndo como num filme de terror em que a mocinha corre do tarado estuprador vilão. Mas, em suas próprias palavras, se ficar o bicho pega se correr o bicho come. Após alguns metros, uma mordida na bota que a derrubou de joelho no chão, mão direita direto na terra. Ao se ver rodeada por uma fera de dimensões colossais, sentindo o sangue escorrendo pelas pernas e imaginando-se sendo devorada pelo raivoso animal como a um Zumbi de walking dead que devora a um humano degustando órgão por órgão, tripa após rim, coração após fígado, ela rapidamente levanta e, tal qual numa cena de perseguição hollywoodyana, se joga desfiladeiro abaixo rumo ao lago, buscando subterfúgios para que pudesse salvaguardar sua vida daquela fera de proporções e intenções subjulgadas. Só que eis que no lago havia patos extremamente territorialistas (ou seriam gansos?). Mas esses compadeceram-se com a cena de dona Maria Gabriela e atacaram em bando o cachorro, que foi devorado em poucos segundos pelos agora raivosos patos vingadores, os superpatos!

Ta, a história entra para a ficção a hora que os patos devoram o cachorro, mas até aí é tudo verdade! Bia ainda teve as moral de subir a trilha toda em sopa de volta até as vias rastejando e pedir resgate. O Joelho aparentemente precisaria de pontos e a mão de gesso. Sorte que não precisou de nada disso, mas o climb do feriado pra ela estava over.

Todos ficamos muito abalados com a história e a Ju entrou na Bulls pra equipar sob um sol de meio dia com a rocha fritando um ovo de tão quente. Eu ainda esperei até umas 3 da tarde pra equipar a Rock and roll na catedral, mas demorei horrores pra tirar todos os moves, também me sentia levemente abalado, não sei se pelo cansaço do dia anterior. O Ives equipou a Sonho de ìcaro. E eu, vendo que a noite se aproximava e que não queria entrar “de noite”, não esperei mais que uns 40mins e já entrei de novo, se não pra mandar, pelo menos pra equipar. E parece que tinha tirado muito bem os movimentos. Executei com maestria a maioria dos movimentos menos o da terceira chapa, que é um dinâmico meio de lado com um calcanhar direito segurando pra não abrir a porteira. (calcanhar o qual não to podendo usar por causa de uma contratura na panturrilha desde Arcos, na via Estréia). Mas fiquei impressionado com a leveza com que pude fazer a travessia pra direita que havia me custado tanto no primeiro pega. Rolou até mantel pra ficar em pé! Aí sim eu comecei a sentir uma torrente de glória (ô grória), e a acreditar que talvez pudesse mandar. E fiz isolando um regletão de esquerda que respira ofegantemente pra chegar nos buracos ao lado da ultima chapa. Dali pra cima foi respirar fundo, e escolher com que mão clipar a base. E aí veio o meu yang. Após duas cadenas sensacioníveis, uma dor num dedo da mão direita que eu não sentia ha mais de 2 anos. 😦 E os dedos da mão esquerda que tão sempre reclamando estavam bem! Ah, detalhe para o Raul que mandou a Dark Nectar, 8c no segundo pega! Voltando à forma que as cachaças e comidas brasileiras tanto tem lhe custado!

Fomos conhecer o setor Corujas no dia seguinte. Estava me sentindo bem cansado, e entrei na África apertando aqueles regletes como se fossem os últimos. Béee.. dedo reclamou. Depois entrei na C4, fui pagar o cruxzinho com uma puxada de perna direita e Bééé… panturrilha doeu horrores. Entrei na efeito moral, uma delícia, mas aí o corpo já tava pedindo pra parar, pegava nas agarras (enormes por sinal) e o braço respondia bem, poderia costurar à montê, mas o resto do corpo tava mole. Parecia que eu poderia dormir a qualquer momento no meio da via. Aí pedi pra descer, quando para de ser divertido eu paro. Só me restava a motivação de equipar uma via pro parça mandar, e fui correndo com o Ives lá no Tetos, equipei em tipo 10 minutos a It´s Only Rock and Roll às 17:20 pra ele poder entrar e mandar ainda com luz. E não é que o viado mandou?! A-hul! Depois de dois dias de muito aprendizado e yangs, finalmente um Yin pra ele! hehehe O Beto ainda mandou a Vôo da Coruja à vista! Not bad hein?

O último dia foi dia de Belay Bitch pra mim, enquanto o pessoal fazia volume no Quilombinho, eu só na seg e no joguinho do São Carlos Pression Team que eu tinha deixado em cache no meu celular. Consegui chegar no final e descobrir que era o último personagem da equipe!

E acabou-se mais uma trip. Muitas cadenas alucinantes no começo, e no final um ritmo um pouco mais lento. É, quando a cabeça não quer, não tem corpo que acompanha!  Ainda acabamos comendo um X-tragédia no centro de SBS pra fazer hora e pegar estrada depois das 8 e evitar congestionamentos, o que se mostrou de certa forma muito proveitoso. 🙂

Agradeço a todos que estavam no pico e tiraram tantas fotos minhas que nem soube quais escolher pra por no post! Menos à Bia que tava no Canadá hehehe

Próximo feriado, 1º de Maio, Arcos?

CarnavArcos!

Carnaval em ritmo de festa!

Carnaval em ritmo de festa!

O sábio erótico Clóvis Basílio certa vez disse que …”O carnaval da Vivi Fernandes é um dos melhor carnaval”… (sic). Eu vou ter que discordar. Certamente Kid Bengala não conheceu a galerinha do bem que esteve no último carnaval escalando em Arcos, no Rastro de São Pedro. Foram 6 dias de muito climb, festa e  claro, como não pode faltar em todo bom carnaval: furação.

Com a proposta de fazer um Carna diferente, gente de todos os cantos lotaram o pico, que agora conta com 102 vias esportivas praticamente. Mesmo com tanta gente, não houve fila nas vias, pelo contrário, o que rolou foi o comentário de pessoas diferentes em setores diferentes, que aquilo ali tava parecendo um ginásio de escalada: Muitas vias equipadas e muita gente dando A VIBE. E já que era ocasião, teve gente até escalando de fantasia de carnaval. Galerinha do São Carlos Pression Team pode passar o rodo em vários 7a´s e tivemos vários “primeiros 7a´s redpoint, flash e a vista”. Eu mandei meu primeiro 7c em flash (Cafeína) e se eu tivesse visto que a parada da via era pra direita e não pra cima como eu achava, teria mandado outro 7c a vista (A estréia)! Foi loco ver o Ives despertando seu escalador interior que estava dormente, mandando vários 7a´s, e até o Cleber que escala a menos de 8 meses mandou a “entre a sol e a sombra”. Beto pra variar passeando em todas as vias abaixo de nono e o Daniel com a Li curtindo uns quintinhos. Até o Sérgio apareceu com a Rose!! O Gera pôde consolidar sua escalada com vários sétimos também e aprender como NÂO se deixa a corda durante uma escalada dura tipo a cafeína<momento acuzada!>.

Pudemos conhecer os setores novos, muita via nova e todo mundo sem ficar perdido graças a um croqui bem feitinho que pode orientar a todos onde estavam as vias. Sem contar as plaquinhas estratégicas com os nomes das principais vias dos setores. Por muitos anos eu falava que tinha isso na Europa e que era muito massa, que me ajudou muito nas minhas viagens por lá, mas os vovôzinhos do Climb ficaram de putaria falando que isso tiraria o espírito da aventura. Mas aí vc vai no pico, com mais de 100 pessoas, e pergunta se essas pessoas estão reclamando? Ou se estão tendo ótimos momentos escalando com a galera e dando risada? Enfim. Parabéns ao GT Arcos pela proposta, iniciativas como essa só agregam ao esporte, que vem crescendo desenfreadamente, mesmo com tanta gente fazendo tanto pra sugar ao máximo em vez de contribuir de maneira construtiva. Sempre vai ter uma chapa que podia estar mais pra lá ou mais pra cá, é natural. Nem tudo é perfeito e a escalada é feita por seres humanos. Então em vez de reclamar, que tal aprender com os erros alheios (e próprios, claro) pra não acontecer de novo e  mandar um “Muito obrigado” pra essa galera de Arcos que vem botando a mão na massa? Valeu galera. É o Peixe, é o Cintura,  Carlão, Alexsandro, Ricardo Animal, Maurinho e uma galera que eu nem conheço mas sei que dão um trampo pro fico estar filé desse jeito.

Quando escalamos pela primeira vez a “Tufantástica” 6º, ficamos de namorico com a paredes que tem pra direita dela. E no “dia de descanso” fui com o Ives pra esse setor. Escalei uma canaleta pra direita do setor laçando árvore, vários bicos de pedra e fiz “cume”. Puxei a furadeira e desde o cume bati na virada o primeiro furo da parada da primeira via que conquistaríamos no feriado. Escalamos um escalador alto e um baixo e marcamos onde seriam as proteções. Fiz quase todos os furos mas no final tive o privilégio de “ensinar” o Ives a fazer o seu primeiro furo. Ele que vem sendo meu fiel escudeiro em várias conquistas, agora está se emancipando e botando mais a mão na massa. No final subi a via fazendo o FA (de um quinto grau, vale isso Arnaldo?), paguei uma travessia pra esquerda com a ultima costura vários metros pra baixo do pé e, completamente torto e ejetando da parede, comecei a fazer o primeiro furo da via da esquerda. Mas a bateria acabou no meio e eu tive que voltar, desescalar e deixar pra outro dia. No último dia escalei o quinto grau de novo, paguei a travessia desajeitada pra esquerda, lacei mais alguns bicos pra proteger a grande queda/pendulo e consegui terminar de bater a parada dessa outra via. Calculei certinho onde a corda iria passar pra não pegar em nenhum bico e como diriam no jargão local, “implantei”. Escalamos, marcamos e furamos. Enquanto isso a Dupla de Betos furava o final de uma via que o Betão de Divinópolis ja vinha namorando a tempos, pra esquerda da macaco não tem culpa. O Betinho subiu a mãe gaia, atravessou pra esquerda e bateu parada e vários furos no final da via. Mas a logística ficou bem comprometida pelas baterias estarem fazendo por volta de 3 furos cada uma, então era o tempo de ir na casinha deixar pra carregar e voltar pra pegar outra. Acabou que a via dos Betos não foi terminada pelo sol intenso e as bateras, mas não tardará muito voltaremos pra terminar o projeto! A outra via terminamos, deixei o Ives começar, e com umas 4 idas e voltas à casinha pra pegar baterias, o Ives furou a via toda. Está graduado na arte de furar. Agora só falta pagar acessos duvidosos com proteções precárias pra bater as paradas rsrsrs

Além de muito climb e furação, rolou muita cachaça festa a noite. Os donos do Camping tão mais pra melhores amigos que outra coisa. Nos sentimos muito a vontade, e ficamos muito gratos por poder vir ficar na casa de amigos quando vamos escalar em Arcos, isso não tem preço! E claro, numa certa altura das festas noturnas diárias rolou o momento Bigodagem: Todos os homens barbudos cortaram a barba deixando só o Bigode à lá Freddie Mercury / Seu madruga e costeletas.  Mas tipo, rolou adesão praticamente completa de todo mundo! Até as meninas fizeram bigode de Carvão. Isa, Ju, Mel, Ives, Cleber, todos que não tem barba aderiram ao movimento. Por isso a via da esquerda que conquistamos ficou em homenagem à essa galera que cortou barbas centenárias: Bigodagem, 6º. A via da direita ficou muito gostosa de escalar e por isso ficou com o nome de: “Delicinha”, 5º.

Apesar das festas noturnas no camping , todos os dias na rocha era dia de festa. Gente escalando de peruca, cartola, fantasia de pirata, máscaras de carnaval, calças com reforço de cordura kkkkkkk Maior vibe MESMO, galera se conhecendo, escalando junto, foi muito massa! Pude conhecer várias celebridades que só conhecia por facebook, se tivesse caneta pediria até autógrafo hehehe

E foi isso galera! Tem muita historia pra contar mas dessa vez resolvi ser mais sucinto no relato e encher de fotos que agradam mais né? Qualquer dia desses eu upo no xvideos os videos que eu fiz com o celular das festas noturnicas!

Valeu demais a todos que conheci no Camping, vocês são demais e espero poder escalar com vocês de novo em breve! Aos parceiros que acompanham sempre _/\_ Gratidão 😉